As assessorias da Polícia Militar e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Governo do Pará se calaram diante dos questionamentos acerca da morosidade na reforma do Hospital da Polícia Militar, localizado em Belém. Passados dois anos desde o anúncio das obras, os serviços se arrastam e a entrega parece não ter data para acontecer.
O trabalho de engenharia deveria ser entregue em abril de 2022, mas se arrasta com mais de dois anos de atraso.
A reforma tem recursos de R$ 4,2 milhões já garantidos. O valor do contrato é de R$ 2,7 milhões, mas já recebeu adicional de mais R$ 1,5 milhão para aquisição de equipamentos.
A obra teria iniciado em abril de 2021 sob a execução da empresa Asevedo Silva Serviços de Construção, segundo o indicativo das placas afixadas em frente ao prédio verde, de três andares, resguardado de forma improvisada com folhas de zinco.
Propaganda enganosa
Realmente, em 27 de abril, a Secretaria de Comunicação do governo publicou conteúdo no site da Agência Pará em que dizia que a unidade de saúde estava desativada desde outubro de 2010, e ganharia 25 leitos com a reabertura.
No mesmo dia 27, o governador Helder Barbalho (MDB) assinou a autorização para o início das obras de modernização e readequação do hospital, e destacou a importância do investimento para a corporação.
Cartão de ponto
Próximo ao prédio sem vida, moradores e trabalhadores de empresas comentam que apenas quatro operários estariam tocando os serviços, mas sem evidências de alguma ação efetiva da reforma.
A empresa Asevedo estaria em uma frente de trabalho na Alça Viária e, após a conclusão desse serviço, concentraria esforços na reforma do hospital.
Da Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder