novembro 21, 2024 23:03

”Funcionários fantasmas’? Derrotados nas urnas, ex-deputados ‘abrigados’ na ALE não trabalham, diz denúncia

Roraima – Ex-deputados estaduais que foram ‘abrigados’ na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) em cargos especiais após derrota nas urnas em 2022 voltaram a ser alvo de denúncias. Segundo servidores da Casa Legislativa, Yonny Pedroso (PL), Betânia Almeida (PV), Renan Bekel Filho, George Melo e Dhiego Coelho não comparecem para cumprir carga horária nos supostos cargos que foram nomeados.

“Logo que foram nomeados nós até os víamos por lá com alguma frequência, mas agora sequer você encontra eles por lá. A maioria tem cargo alto em comissão, são assessores especiais, mas o trabalho mesmo ninguém sabe qual seria. O salário na conta todo mês, mas eles não aparecem lá”, desabafou um servidor.

Betânia Almeida

Conhecida por desfilar pelo Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas no pleito passado, a ex-deputada Betânia Almeida (PV), que foi derrotada nas urnas em 2022, é uma das que não é vista na Casa Legislativa. Betânia, inclusive, teve o mandato cassado quase no final da legislatura passada por fraude à cota de gênero. Nomeada na ALE em cargo de assessora especial, Betânia recebe salário bruto mensal de R$ 12 mil.

Betânia Almeida foi derrotada nas urnas em 2022

Yonny Pedroso

Já a ex-deputada e empresária Yonny Pedroso ganhou cargo de assessoria especializada na Assembleia Legislativa, com salário de R$ 10 mil. No pleito passado, Yonny chegou a lançar candidatura a deputada federal, mas desistiu após não receber grande apoio financeiro do partido, segundo fontes internas da sigla relataram à época.

Renan Filho 

Renan Bekel, condenado por abuso de poder econômico e compra de votos, também amargou derrota na tentativa de reeleição no ano passado, mas não ficou ‘desamparado’. Renan foi nomeado pelo presidente da ALE, Soldado Sampaio, no início deste ano, assessor especial das Comissões Permanentes. O salário bruto mensal é de R$ 12 mil.

Salários ‘modestos’ 

Os ex-deputados George Melo e Dhiego Coelho também não ficaram de fora da folha de pagamento da Assembleia Legislativa de Roraima, mas tiveram que se contentar com salários mais ‘modestos’.

George Melo, que assumiu mandato após os colegas cassarem o mandato de Jalser Renier, recebe salário mensal de R$ 3.320,00, como assessor parlamentar.

Já Dhiego Coelho ganhou cargo de assessor de apoio as comissões e recebe salário bruto de R$ 4.800,00

Sem contato 

Após o recebimento das denúncias, O Poder tentou contato com os ex-deputados e o presidente da Casa Legislativa para questionar sobre as denúncias e ceder espaço para se manifestarem, mas até a publicação da matéria não obteve sucesso. O espaço segue disponível.

Foto: Divulgação 

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