Roraima – Alvo de uma operação da Polícia Civil de Roraima nesta segunda-feira, 30, por suspeita de ser o mandante do assassinato da mãe de uma filha dele, o ex-senador Telmário Mota nega envolvimento no crime, pede uma investigação contra uma servidora do gabinete do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos), e afirma que não o destruirão como fizeram com o ex-deputado Jalser Renier.
As declarações do ex-senador constam em um vídeo que está sendo divulgado na manhã desta segunda-feira, 30. Não há confirmação ainda se o vídeo foi gravado hoje. No início da gravação, Telmário questiona o motivo de ser alvo de mandado de prisão.
“Por aí nos bastidores da política, da polícia, inclusive da imprensa, que a Polícia Civil está organizando a minha prisão. Qual o motivo que vão me prender? Desde quando a honestidade tem que ser penalizada exatamente com a prisão?”, inicia.
Em outro trecho do vídeo, o parlamentar afirma estão querendo colocar na conta dele o assassinato de Antônia Araújo de Sousa, com quem teve uma relação de mais de 18 anos. O político nega quaisquer envolvimento no crime contra a mãe da filha dele. A mulher acusou Telmário em agosto de 2022 de ter estuprado a própria filha.
“Tudo isso porque eu combato a corrupção no meu Estado? Ora, se querem colocar no meu colo o crime da Antônia, uma senhora que eu tive uma relação com ela há mais de 18 anos atrás, isso não vai acontecer, não. Eu não matei a Antônia, não mandei matar, não sei quem matou e nem sei se alguém mandou matar”.
Em outro momento, Telmário chamou a atenção para uma das testemunhas ouvidas no caso, um homem de 18 anos que teria um envolvimento amoroso com a chefe de gabinete do deputado Soldado Sampaio.
“Cabe a polícia descobrir. A nossa Polícia Civil tem um excelente quadro humano, porém está desaparelhada. Agora uma coisa é certa, uma das testemunhas que foi ouvida é o garoto de 18 anos, amante da chefa de gabinete do seu Sampaio, e a ele foi oferecido uma relação sexual com amor e emprego”, dispara.
Por fim, Telmário afirma que não irão colocar no “colo” de um crime que ele não praticou. O ex-senador afirma que destruíram Jalser Renier, cassado por quebra de decoro acusado de mandar sequestrar e torturar o jornalista Romano dos Anjos.
“Essa equipe que está apurando esse crime deve fazer uma busca e apreensão dos telefones desse rapaz e dessa senhora para apurar a verdade, para ver quem está por trás disso. Não vão fazer comigo o que fizeram com o Jalser, não. Colocaram o crime no colo do Jalser, destruíram ele politicamente e até agora esse fato não foi lucidado. Eu não vou aceitar essa tragédia na minha vida, não”, finaliza.
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