O presidente da Amazonas Energia, Márcio Zimmerman, usou o início da tarde desta quarta-feira, 29, para esclarecer a situação administrativa atual da empresa e desmentir a hipótese de que o estado poderia sofrer blecautes elétricos em decorrência da suspensão dos serviços.
Segundo Zimmerman, a Amazonas Energia está trabalhando com sua responsabilidade de concessão e seguirá oferecendo o atendimento dos serviços “no mesmo padrão atual, reconhecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como dentro dos padrões regulatórios”.
Controle à deriva
Zimmerman comentou sobre a recomendação de caducidade feita pela Aneel ao Ministério de Minas e Energia.
Admitindo nas entrelinhas que, hoje, já não cabe à empresa a decisão sobre o futuro, o presidente da concessionária disse esperar que o Ministério vá “pelo caminho natural do bom senso e avalie a complexidade desta concessão”, destacando que o governo federal também deve encontrar um novo controlador.
Inclusive, Zimmerman bateu diversas vezes na tecla sobre a dificuldade da interligação do sistema no estado, alegando ser um desafio operar na região.
Dívida oculta
A dívida de R$ 9,6 bilhões que a Amazonas Energia tem junto a Eletrobras poderia ser maior, segundo o presidente da concessionária.
Ele alega que, um erro no balanço da empresa passou despercebido no leilão e que, dois meses após o arremate, o grupo controlador viu a dívida saltar de R$ 2,6 bilhões para mais de R$ 7 bilhões.
No entanto, ele garante que o valor atual, que chega perto dos R$ 10 bi, não tem dívidas feitas na atual gestão e são decorrentes de juros da que não foi percebida no balanço inicial.
Da Redação O Poder
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