julho 26, 2024 22:58

Partida de Amazonino deixou legado político e admiração de aliados e adversários

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A partida do ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), aos 83 anos, ocorrida em fevereiro deste ano, deixou um legado político e admiração de aliados e adversários na história de um dos maiores políticos do Amazonas. Natural de Eirunepé (distante a 1.772 quilômetros de Manaus), além de ser político, Mendes era empresário e advogado e deixou três filhos.

O legado de Amazonino, perpassa qualquer resultado das urnas por sempre ser respeitado por adversários, amado pelos seus eleitores e admirado pelas próximas gerações políticas. O governador Wilson Mendes (União Brasil) que disputou o segundo turno na ultima eleição de Amazonino Mendes para governador em 2022, reconheceu o valor e o legado do adversário político quando Amazonino chegou a liderar boa parte da eleição sendo o segundo candidato mais votado na capital, ficando de fora do segundo turno por estar debilitado e não conseguir fazer campanha que foi disputado por Wilson Lima e Eduardo Braga (MDB).

A bancada federal do Amazonas dos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), velhos aliados de Amazonino em outros pleitos políticos também prestaram homenagens ao velho guerreiro do Amazonas e reconheceram o seu legado, além do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) que ainda destacou os méritos de Amazonino.

Trajetória política

Em sua trajetória política, Amazonino Mendes foi governador do Amazonas pela primeira vez entre 1987-1990. Depois, nos anos 1995-1998, 1999-2002 e 2017-2019. Ele também foi prefeito de Manaus nos anos 1983-1986, 1993-1994 e 2009-2012 e senador da República.

Dignidade

Durante um vídeo postado em outubro de 2022, Amazonino Mendes faz alusão a derrota nas urnas para Wilson Lima na eleição de 2018, numa imensa demonstração de respeito a democracia e a soberania do povo ao reconhecer a vitória do adversário, além de dignidade até na derrota. Amazonino ainda destaca o governador do Pará, Helder Barbalho e afirma o seu apoio ao presidente Lula na última eleição.

“Amazonenses em 2018, em razão da última eleição que eu perdi, de imediato dei entrevista reconhecendo a derrota. Me abstive de qualquer questionamento é o meu espírito democrático, o povo é soberano.  Sempre carreguei isso comigo, agora, recentemente, o povo mandou um recado muito claro, aprovou o governo atual de forma muito incisiva. O meu espírito democrático em decorrência disso me desautoriza a tomar qualquer partido. Que fique na soberania do povo o futuro do nosso estado. E peço a Deus que ilumine a todos para que tenhamos momentos mais felizes”, afirmou ao agradecer os mais de 355 mil votos que recebeu.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Reprodução 

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