Temendo novas operações do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Polícia Federal e outros órgãos de controle, os vereadores da Câmara Municipal de Borba (a 150 quilômetros de Manaus), estão correndo contra o tempo para agilizar o processo de investigação para avaliar irregularidades e a possível cassação do vice-prefeito Zè Pedro Graça (PSD).
Em setembro do ano passado, os vereadores já haviam iniciado um processo de investigação para cassar o vice-prefeito de Borba, ao receberem uma denúncia da secretária Municipal de Educação. Por conta de uma medida judicial, o processo foi interrompido.
De acordo com informações nos bastidores políticos, atualmente os vereadores comentam na cidade que a intervenção judicial vai cair e por isso eles vão dar continuidade ao processo de cassação do vice-prefeito. Os vereadores, por temerem novas operações da justiça devem iniciar o processo em fevereiro quando termina o recesso da Câmara Municipal de Borba, pois temem que Zé Roberto volte ao cargo de prefeito.
Processo de cassação
No ano passado, durante a sessão na Câmara que ocorreu em 18 de setembro de 2023, votaram a favor pelo recebimento da denúncia contra o vice-prefeito Zé Pedro, os vereadores Rodrigo Pantoja (PSL), Edilson Batista (PP), Geremias da Cruz (Republicanos), Tadeu Linhares )PV) e Pedro Paz Vieira (MDB.
A vereadora Enfermeira Tatiana (PTB), além de votar contra, questionou a denúncia da secretária municipal de Educação e afirmou que esse processo não passava de retaliação politica. Já o vereador Gecimar Batista (Avante) preferiu se abster da votação quando na época ela afirmou.
“No dia 30 de maio, teve um oficio dessa denunciante, que estava no cargo como secretária de Educação e nesse ofício ela dizia que a situação era emergencial e que, inclusive, não tinha ata de registro em vigor. Então, eu vejo que tem contradição do que foi assinado lá atrás e o que ela fala agora. O meu voto é contra porque eu vejo isso como uma retaliação política”, alfinetou.
Ao fim da votação o presidente da Câmara Municipal de Borba, Miguel Lima, declarou recebido a denúncia. “Decidido o recebimento da acusação pelo voto da maioria dos presentes na sessão e determino que seja constituída a Comissão Processante com três vereadores sorteados entre os desimpedidos. A comissão escolherá o presidente, relator e membros”, afirmou.
Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro