Os prefeitos do interior não estão se preparando para a forte estiagem do Amazonas. Ao invés disso, estão gastando dinheiro público com super shows em ano eleitoral. Ou seja, o mesmo cenário do ano passado pode se repetir em 2024: os gestores ficarão de ‘pires na mão’ pedindo recursos públicos ao Governo estadual e federal quando os efeitos da seca atingirem suas cidades, porque não se prepararam.
Os órgãos de Controle, como o Tribunal de Contas, Ministério Público e a Justiça, tentam barrar ao máximo o gasto público desnecessário com as festas. Em Canutama, o MPAM emitiu uma Recomendação Administrativa para adoção de medidas para prevenir e mitigar os efeitos deletérios da seca na população. Com o mesmo intuito, o órgão também recomendou que o prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis Corubão, adote medidas para o enfrentamento da estiagem.
Por outro lado, os prefeitos afirmam que a verba já estava prevista no orçamento público.
Estratégia
Uma das estratégias dos prefeitos consiste em não divulgar no Portal da Transparência nem no diário dos municípios o Extrato dos Contratos com a despesa em cachê dos artista. Eles simplesmente anunciam o show e fica por isso mesmo. Um exemplo recente é Nova Olinda do Norte, cujo prefeito é Adenilson Reis. O gestor não explicou os gastos que o município teve com as atrações do ano passado e nem as de 2024.
Da Redação
Foto: Neto Ribeiro/Portal O Poder