O governo da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, próxima a Pacaraima, em Roraima, nesta sexta-feira (26). A medida, decretada devido às eleições presidenciais marcadas para domingo (28), foi publicada no Diário Oficial da Venezuela e permanecerá em vigor até segunda-feira (29).
Segundo Domingo Hernández Lárez, comandante estratégico operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela, todas as pontes internacionais foram fechadas para “salvaguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela”.
O decreto também estabelece o fechamento das fronteiras marítimas e aéreas, além de proibir o porte de armas de fogo, a venda de bebidas alcoólicas e manifestações públicas.
De acuerdo a la Resolución Conjunta de los ministerios del Poder Popular Para la Defensa y para Relaciones Interiores, Justicia y Paz, publicada en Gaceta Oficial N° 6.825 de fecha 23 de julio de 2024, contempla en su Articulo 1: “Establecer el cierre para el desplazamiento… pic.twitter.com/CTDqp86YsM— GJ. Domingo Hernández Lárez (@dhernandezlarez) July 26, 2024
Mais cedo, o presidente do Panamá, José Raul Mulino, publicou nas redes sociais que o avião com membros do grupo Idea (Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas) foi impedido de decolar devido a um bloqueio no espaço aéreo da Venezuela. A Aeronáutica venezuelana negou que o país tenha fechado o espaço aéreo do país e impedido a chegada do grupo a Caracas.
Entre os passageiros estavam a ex-presidente do Panamá, Mireya Moscoso, e os ex-presidentes Jorge Fernando Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México), Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), além da ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez. Em nota, o governo da Venezuela afirmou que o grupo não estava convidado para observar as eleições no país.
A eleição na Venezuela ocorre no domingo, com dez candidatos concorrendo ao cargo de presidente. Edmundo Gonzalez Urrutia é o principal opositor de Maduro, que busca seu terceiro mandato consecutivo. Pesquisas indicam 59% de intenção de voto para Urrutia e 24,6% para Maduro. A comunidade internacional pede por eleições transparentes após acusações anteriores de fraude no país.Na quarta-feira (24), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu não enviar observadores para acompanhar a eleição venezuelana.