Cada vez mais atores internacionais assumem que o chavismo cometeu uma fraude massiva que escondeu a vitória da oposição nas eleições presidenciais do dia 28 de julho. Estados Unidos, Argentina e Uruguai já reconheceram a vitória de Edmundo González.
Face à ausência das atas que comprovariam a alegada vitória, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tem ensaiado várias narrativas paralelas para justificar a falta de provas.
Cada vez mais atores internacionais assumem que o chavismo cometeu uma fraude massiva que escondeu a vitória da oposição nas eleições presidenciais do dia 28 de julho. Estados Unidos, Argentina e Uruguai já reconheceram a vitória de Edmundo González.
Face à ausência das atas que comprovariam a alegada vitória, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tem ensaiado várias narrativas paralelas para justificar a falta de provas.
Com a Bíblia na mão, a faixa presidencial e tendo como pano de fundo uma pintura de Simón Bolívar, Maduro insiste que venceu nas urnas e que está preparado para enfrentar uma invasão estrangeira.
O ditador passou os últimos dias falando durante horas e horas diante das câmeras para apresentar as suas teorias conspiratórias ao mundo.
Para reforçar suas histórias, compareceu na quarta-feira, 31 de julho, ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) – instituição que ele mesmo controla – com uma pilha de documentos que entregou à presidente da instituição, Caryslia Rodríguez, a quem pediu que investigasse todo o processo e certificasse o resultado.
O hacker da Macedônia do Norte
Na noite dos resultados, o presidente da CNE, Elvis Amoroso, disse que o atraso no fornecimento dos dados se deveu a um hackeamento da instituição, que pretendia impedir e retardar a totalização da contagem. Horas depois, o procurador-geral do país, Tarek William Saab, acusou vários opositores de estarem por detrás de uma suposta conspiração, perpetrada a partir da Macedónia do Norte – o Governo daquele país negou qualquer operação neste sentido.
A CNE, controlada por Amoroso, amigo pessoal de Maduro, culpou estes alegados ataques vindos do exterior pela dificuldade na entrega das atas.
A explicação é bizarra. O sistema eleitoral venezuelano é 100% automatizado, mas as atas, antes de serem enviadas ao escritório central, são impressas.
A oposição distribuiu aos seus ativistas por toda a Venezuela instruções para obterem uma cópia ou fotografar a ata. 80% delas já está em seu poder. Além disso, a oposição criou um site no qual publicaram o resultado da coleta, cujos números mostram que Edmundo González, o candidato da oposição, foi o vencedor claro, com 7,1 milhões de votos (67%) contra 3,2 milhões (30%) para Maduro.
Elon Musk e o “imperalismo estadunidense”
Durante uma reunião do Conselho de Segurança no palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, Maduro afirmou que Elon Musk, é um agente que tenta desestabilizar a Venezuela e que estaria por trás do ataque contra o sistema eleitoral do país:
“Tenho certeza que os ataques são dirigidos pelo poder de Elon Musk. Estamos enfrentando uma arremetida internacional, mundial, do imperialismo estadunidense, de Elon Musk, da direita internacional extremista e do narcotráfico colombiano para se apoderar do país por meio da criminalidade, caos, mentira e violência”, declarou Maduro.
Maduro X Elon Musk: o duelo
“Quer controlar o mundo, já controla a Argentina (…) Você quer briga, Elon Musk? Estou pronto, sou filho de (Simón) Bolívar e (Hugo) Chávez, não tenho medo de você”, disse Maduro em uma entrevista coletiva também na terça-feira, 30 de julho. No dia seguinte, o bilionário fez chacota com Maduro em seu perfil do X dizendo que aceitava o desafio: “Se eu ganhar, ele renuncia ao cargo de presidente da Venezuela. Se eu perder, ele ganha uma viagem a Marte de graça”.
Da Redação com informações de O Antagonista
Foto: Reprodução