O ex-prefeito de Autazes ( a 267 quilômetros de Manaus), Wanderlan Sampaio (União Brasil), foi condenado pela Justiça Federal e tornou-se inelegível até 2030. O político recorreu da decisão, mas encontra dificuldades de avançar com sua candidatura em um momento importante do trâmite eleitoral: registrar no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as certidões necessárias, uma vez que o político não tem esses documentos.
Sampaio aparece nove vezes na lista de contas irregulares do Tribunal de Contas da União (TCU) e responde por improbidade administrativa.
Inelegibilidade
Segundo o TCU, não é possível a emissão de Certidão Negativa de Contas Julgadas Irregulares para fins eleitorais. “O requerente possui contas julgadas irregulares por decisão deste Tribunal, nos termos do art. 16, inciso III, da Lei no 8.443/92 (Lei Orgânica do TCU), com trânsito em julgado nos oito anos que antecedem a eleição, tendo sido por isso incluído na Lista de responsáveis com contas julgadas irregulares com implicação eleitoral”, diz trecho do documento. A íntegra está aqui.
De acordo com o TSE, a Declaração de Inelegibilidade é obrigatória para os candidatos que desejam disputar o cargo de prefeito.
Manobra
Conforme informações de bastidores, o grupo político ao qual Wanderlan Sampaio pertence está seguindo com a estratégia de contestar as decisões judiciais até onde puder. Com o enfraquecimento do candidato, é possível que os números do ex-prefeito diminuam nas pesquisas eleitorais.
O próximo passo seria tentar ludibriar o eleitor de Autazes com o plano de lançar o vice, Wanderlan Baixinho, que tem o mesmo nome e sobrenome do ex-gestor, como principal da chapa.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
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