No último domingo, 25, os caminhoneiros que utilizavam balsas para chegar até a BR-319 foram barrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ordem faz parte da Portaria emitida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), que proíbe o tráfego de veículos de cargas com capacidade superior a 23 toneladas.
Os caminhoneiros foram pegos de surpresa, gerando dúvidas sobre o transporte das cargas. Em vídeo divulgado via Instagram, é possível ouvir os caminhoneiros comentando que “só entra carro pequeno, os carros grandes (caminhões) estão ficando no pátio da rodoviária”.
Na matéria publicada pelo portal O Poder, no último dia 19, foi divulgado que entre o início da travessia do rio Amazonas (Careiro), no km 1, até o entroncamento da rodovia BR-230/AM, em Humaitá, no km 679,30, fica impossibilitado o tráfego, com a possibilidade de remoção de veículos e multas.
Os caminhoneiros pedem pela liberação do fluxo de caminhões na BR-319 em função da estiagem de 2024, sendo os rios o principal meio de trânsito de mercadorias e insumos.
Segundo a Associação Amigos e Defensores da BR-319, “Entendemos a importância de preservar a integridade da rodovia, especialmente em períodos chuvosos intensos entre os meses de janeiro e maio. Por isso, sugerimos que as restrições de 17 toneladas e 23 toneladas sejam mantidas somente durante esses períodos”, explica André Marsilio, líder do movimento Defensores da BR-319.
Nota Técnica do CREA-AM E GT-Rodovias
Em nota o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), junto com a GT-Rodovias, comentaram sobre o limite de peso, que garante segurança para usuários e moradores, mas destaca que “por outro lado, não se pode desconsiderar o cenário em que vivemos, de uma iminente seca extremada, que compromete a navegação nas nossas hidrovias e o transporte de cargas e de pessoas, sendo a Rodovia BR-319 a única alternativa via terrestre para suprir as demandas de transporte.”
Destacando novamente a importância da rodovia para transporte de gêneros alimentícios, hospitalares, medicamentos e materiais de construção entre outros.
Ludmila Dias, para portal O Poder
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