O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio de relatório, detalha como a BR-319, em específico o trecho do meio, entre os quilômetros 250,7 e 656,4, tiraria Amazonas e Roraima do isolamento. A obra deve custar, aproximadamente, R$ 1,4 bilhão, com os custos de engenharia, estudos ambientais e as compensações ambientais já inclusas.
O DNIT contratou a Engespro Engenharia LTDA para realizar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), já que o fator ambiental é a principal preocupação para as autoridades. No relatório, o órgão destaca que a trafegabilidade na BR-319 só é possível no chamado “verão amazônico”, entre os meses de junho e outubro. A quantidade de chuva é menor, reduzindo o risco de atoleiros, tendo em vista as péssimas condições da rodovia.
A tentativa do DNIT é mostrar que a pavimentação da BR seria uma solução em períodos de estiagem severa, pois os alimentos, mercadorias e passageiros teriam maior segurança e redução no tempo do transporte pela rodovia. O projeto promete gerar 1.250 empregos diretos nas obras da rodovia, com duração de 48 meses de construção.
Preocupações com o meio ambiente
No projeto estão previstas 243 passagens de faunas, possibilitando o trânsito dos animais sem causar acidentes ou atropelamentos. Também vai contar com 49 passagens aéreas, para uma travessia segura. O Dnit afirma que a rodovia é pensada para que os animais da região continuem protegidos.
Esse projeto foi novamente apresentado por conta do efeito suspensivo sobre a reconstrução desse trecho. O desembargador Flávio Jardim, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), é quem avaliará o pedido do DNIT.
Ludmila Dias, para portal O Poder
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