A ministra Marina Silva, responsável pela pasta do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, deve entrar em conflito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As divergências se dão por conta do destino da BR-319.
A rodovia visa interligar as cidades dos estados de Rondônia e Amazonas, em específico as capitais. A obra traria pavimentação para 877 quilômetros, que beneficiaria os moradores que moram ao longo da rodovia.
O projeto, que prometia trazer maior mobilidade, hoje se encontra completamente esburacado. Em período de chuva, os transportes ainda correm o risco de ficarem atolados por conta da lama.
O Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) inclui em suas prioridades a pavimentação de 52 km da BR-319 no Amazonas. Em setembro, Lula havia dado a sua palavra de que a estrada seria entregue. “Vamos preparar o Estado para que a gente possa entregar definitivamente a ligação entre Manaus e Porto Velho”, comentou o presidente sobre a rodovia.
Ministra segue pressionada
A ministra defende a necessidade de ter um “estudo baseado em dados e evidências científicas”. Já os ambientalistas acreditam que o asfaltamento do trecho do meio é um “empreendimento que não tem viabilidade socioambiental”, segundo Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima.
Marina segue sendo pressionada pelo Governo Federal e pelos governos estaduais para a pavimentação da estrada. O posicionamento da ministra sempre foi contrário à BR-319, mas agora mantém uma postura de cautela, por conta dos constantes pedidos de pavimentação da rodovia.
Com informações de Contilnet Notícias
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