A empresária e candidata a vice-prefeita de Manaus, Maria do Carmo Seffair (Novo), no pleito deste ano, acabou se isolando politicamente ao longo da campanha para as eleições municipais. Apesar de possuir muitos recursos, isso não facilitou para que não cometesse erros básicos neste início da vida política.
Para os eleitores, repercutiu como se a empresária quisesse tomar o protagonismo para si, falando mais do que o candidato à prefeitura, Alberto Neto (PL), na tentativa de ofuscá-lo. Por conta do despreparo, as atitudes de Maria do Carmo contribuíram para que ela se comprometesse politicamente, caindo facilmente nas armadilhas colocadas pelos adversários.
“Não serei abajur”, afirmou a empresária
Sua candidatura se tornou contraditória após ser lançada como pré-candidata pelo partido novo para o cargo de prefeita e afirmar que “não seria abajur”, após aceitar ao cargo de vice prefeitura. A declaração soou como se os vices não servissem para nada além de um objeto de decoração.
O discurso foi feito em uma convenção que confirmava Maria do Carmo como vice de Alberto Neto (PL). Desde o início da campanha, ficou perceptível a busca pelo protagonismo, mesmo em uma posição de vice-liderança.
Dívidas no IPTU
Em um debate promovido pela TV Norte, com a participação dos vices, no qual foi exposto pelo vice de David Almeida (Avante), Renato Júnior (Avante), a dívida de IPTU da empresária que estaria no valor de R$12 milhões de reais.
A candidata demonstrou, no primeiro momento, espanto e depois assumiu as dívidas, afirmando que era “normal não pagar IPTU” e quem devia o imposto seriam as empresas que ela possui e não ela, enquanto cidadã. Mesmo após justificativa, a situação passou a ser vista com maus olhos pela população.
Exposição de dados
Após a derrota no segundo turno das eleições, a empresária expôs dois nomes de clientes que estavam vinculados à faculdade onde é proprietária. Segundo Maria, essas pessoas atrasaram o pagamento da mensalidade da filha e das amantes.
A declaração causou tumulto nas redes sociais e o questionamento dos próprios estudantes era se os dados deles estariam protegidos, visto que a própria dona não prioriza a privacidade de seus contratos.
ADI contra Roberto Cidade
O Superior Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Cristiano Zanin, suspendeu a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que havia eleito o deputado Roberto Cidade (União Brasil) para o biênio 2025-2026.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi movida pelo partido Novo, o mesmo partido de Maria do Carmo, e ficou clara a ação com intuito político. “É uma ação política, que queria desfazer a construção desse pleito e me prejudicar”, afirmou Cidade. A ação desencadeou uma nova eleição, onde Roberto Cidade foi eleito com 22 votos dos 23 deputados presentes.
O novo pedido de eleição reforçou a robustez da base aliada ao presidente da Aleam, corroborando para o fortalecimento de Cidade para um cargo no Senado ou até mesmo para o governo do Estado.
Da Redação
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