Com o aumento de vagas de oito para dez, a deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) desponta como um dos nomes mais fortes para disputar a Câmara dos Deputados em 2026. Conforme informações de bastidores, a parlamentar pode ser uma importante peça na representação feminina do Amazonas na Casa Legislativa, que há sete anos não tem uma mulher como deputada federal. A última foi Conceição Sampaio, eleita em 2014. Desde então, a bancada amazonense é composta por homens.
Nos bastidores, ela é apontada como um nome viável que vem fazendo mandatos fortes, estruturados, estratégicos e com boas conexões.
Causa feminina
Ao longo dos anos, a deputada Alessandra Campêlo tornou-se uma representante da luta feminina no Amazonas, em seus mais diversos aspectos. Toda vez que acontece algo na sociedade que envolva uma violência contra a mulher, a parlamentar é a primeira a falar e a agir, como foi no caso da violência sofrida pela presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins, e no caso da vereadora ameaçada pelo prefeito de Borba, Simão Peixoto. Engana-se quem acha que a parlamentar só cuida de “peixe grande”, ela também é procurada em casos que não envolvam nomes políticos e mantém a mesma postura para defender mulheres seja no plenário, nas redes sociais e com suas conexões.
Atualmente, Alessandra está à frente da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), órgão do Poder Legislativo instituído por meio da Resolução Legislativa nº 960, de 14 de dezembro de 2022. Começou a funcionar no dia 8 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. De lá para cá, colocou a Assembleia como uma das principais protagonistas da rede de proteção às mulheres no estado. O órgão atua em casos de violência física, estupro, feminicídio, relacionamentos abusivos, reconhecimento de paternidade, entre outros.
“A partir daquele momento em que a Procuradoria foi instalada a gente mudou a forma como esta Casa atende e acompanha os casos de cerceamento de direitos da mulher. Foram quase 5 mil atendimentos, nós tivemos só pela Defensoria Pública instalada aqui dentro da Assembleia mais de 3 mil atendimentos, nós tivemos diretamente dentro da Procuradoria mais de 1.500 atendimentos ou encaminhamentos”, destacou a deputada na entrega do balanço do órgão, realizado em dezembro de 2023.
Por isso, ela é vista como um bom nome para entrar na disputa para a Câmara dos Deputados. Lá, ela poderá abranger ainda mais sua linha de trabalho político.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
Foto: Divulgação/Podemos