O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu o concurso público em Autazes, no dia 17 de outubro. No dia 18 do mesmo mês, a prefeitura do município emitiu uma nota por meio das redes sociais alegando que “as mídias estão divulgando equivocadamente acerca da suspensão do concurso pelo TCE-AM”, afirmando que o concurso seguiria em seu trâmite normal.
No dia 29 de outubro, o TCE acatou novamente o pedido de Medida Cautelar contra a Prefeitura, solicitado pelo Ministério Público de Contas (MPC), dessa vez para suspender o concurso público na área da Educação, por possíveis irregularidades por uma violação ao princípio da legalidade e ausência de requisitos para os cargos.
As provas, a princípio, seriam aplicadas em um único dia, 3 de novembro, mas tiveram novas datas divulgadas. Dia 3, a prova será aplicada para professores e demais cargos de magistério. No dia 15 do mesmo mês, será para os cargos de nível médio e técnico. Já no dia 17, serão apenas os cargos de nível superior.
Inscritos reclamam por falta de informação
Pelas redes sociais da própria prefeitura, é possível ler comentários de concurseiros que ainda não têm acesso aos cartões de confirmação, que é o documento que indica os locais de prova para os participantes. Isso se torna prejudicial para os candidatos que se locomovem de outras regiões e até mesmo da capital para participar de um concurso que pode trazer estabilidade financeira para os aprovados.
Até o momento, não houve novas atualizações por parte da prefeitura sobre a continuidade ou não do certame, causando insegurança para quem já pagou pela inscrição e aguarda pela realização da prova. Alguns inscritos até citam uma falta de seriedade por parte da Cespec – Centro de Seleção, Pesquisa e Consultoria e falam em “banca fantasma”, por não ser organizada e não oferecer informações básicas por e-mail.
São mais de 1.898 vagas disponibilizadas através de concurso. O que causa estranheza, levando em conta que o prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante, não fez nenhum certame em dois mandatos, um período de quase 7 anos. Há indícios de que o atual gestor quer deixar “uma bomba” para a próxima gestão.
Ludmila Dias, para Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro/ O Poder