O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial em um discurso sem aviso prévio transmitido ao vivo na televisão YTN nesta terça-feira (3).
Yoon disse que não tinha escolha a não ser adotar a medida, a fim de salvaguardar a ordem livre e constitucional, afirmando que os partidos da oposição tornaram o processo parlamentar refém para lançar o país em uma crise.
Também justificou a decisão como essencial para proteger as liberdades e a segurança do povo, garantir a sustentabilidade do país e passar uma nação estável para as gerações futuras.
“Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-Estado norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, pontuou o presidente.
Ele citou uma moção desta semana do Partido Democrático, que tem a maioria no Parlamento, que tinha o objetivo de lançar um impeachment contra os principais promotores da Coreia do Sul. A legenda também rejeitou uma proposta de orçamento do governo.
Ainda assim, não disse quais medidas específicas seriam tomadas.
Yoon classificou as ações da oposição como “comportamento antiestatal claro com o objetivo de incitar a rebelião”. Ele ainda afirmou que esses atos “paralisaram os assuntos do estado e transformaram a Assembleia Nacional em um covil de criminosos”.
Entrada do Parlamento é bloqueada, relata imprensa
O presidente do Parlamento sul-coreano está indo para a Casa Legislativa e planeja convocar uma sessão, de acordo com a emissora local YTN TV.
A agência de notícias Yonhap relatou que a entrada do Parlamento está bloqueada e os legisladores não conseguem entrar.
Yoon acusou a oposição de transformar a nação em um “paraíso das drogas” e criar um estado de desordem prejudicial à segurança pública e ao sustento.
Ele também alegou que o Partido Democrata estava tentando derrubar o sistema democrático liberal, declarando: “A Assembleia Nacional se tornou um monstro que mina a democracia liberal, e a nação está em um estado precário, oscilando à beira do colapso”.
“Eliminaremos as forças antiestatais e restauraremos o país à normalidade o mais rápido possível”, declarou o presidente.
Embora tenha reconhecido que a lei marcial pode causar alguns inconvenientes, Yoon prometeu esforços para minimizar seu impacto no público.
Com informações da CNN Brasil