janeiro 3, 2025 09:51

Empresa ligada ao ‘Rei do Carbono’ é acusada de expansão ilegal de terra em Lábrea

A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Amazonas intimou os sócios da empresa Stoppe LTDA, sob CPNJ 10.329.193/0001-82, a prestarem esclarecimentos sobre suposta expansão ilegal de terras no município de Lábrea. A empresa tem ligação direta com um empresário conhecido como ‘Rei do Carbono’ e está envolvido em uma operação da Polícia Federal.

Na publicação do Diário Oficial da União (DOU), da última segunda-feira, 30, o Incra informou sobre uma auditoria na matrícula 1.285 que apura indícios de deslocamento geográfico e aumento indevido de área, violando a Lei nº 6.015/73. Os intimados são Ricardo Villares Lot Stoppe, Catarina Villares Stoppe e João Antônio Villares Stoppe.

Os intimados têm um prazo de 30 dias para se manifestarem sobre o caso. É possível apresentar esclarecimentos ou requerimentos pessoalmente ou por meio de um representante. O processo, identificado pelo número 54000.131931/2024-63, será concluído mesmo na ausência de manifestação dos convocados.

Operação Greenwashing

A empresa Stoppe LTDA tem como responsável Ricardo Villares Lot Stoppe, filho de Ricardo Stoppe Junior amplamente conhecido como o “Rei do Carbono”, considerado um dos maiores vendedores de crédito de carbono do mundo.

Em junho deste ano, a família Stoppe foi alvo da Operação Greenwashing, deflagrada pela Polícia Federal. A operação teve como objetivo desarticular um esquema de grilagem de terras públicas e exploração ilegal de madeira, envolvendo uma área equivalente ao tamanho do Distrito Federal.

As investigações revelaram que o grupo atuou durante mais de uma década, com início no município de Lábrea, utilizando fraudes fundiárias sofisticadas, como a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas práticas resultaram na apropriação ilegal de aproximadamente 538 mil hectares de terras públicas. O esquema seria liderado por Ricardo Stoppe Júnior, com o envolvimento direto de seu filho, Ricardo Lot Stoppe.

De acordo com a PF, os líderes do grupo, como Ricardo Stoppe Júnior e seus sócios, serão indiciados por desmatamento, corrupção de servidores públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Thaise Rocha, para o Portal O Poder
Foto: Divulgação

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