janeiro 24, 2025 19:08

PA: Professores prometem não dar sossego para Rossieli e Helder

Os professores em greve do Pará, realizaram um episódio de tensão que marcou ontem a ocupação do edifício da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Durante o ato, um dos líderes do movimento dirigiu palavras duras ao procurador-geral, Ricardo Sefer, em uma crítica contundente à gestão estadual e ao secretário de Educação, Rossieli Soares. O desabafo reflete a insatisfação crescente com o governo Helder Barbalho e as práticas que, segundo o movimento, configuram perseguição e irregularidades administrativas.

“O rolo que o Rossieli tentou empurrar para a sociedade, de um acordo fake com uma parte de indígenas que ocupam prédios do governo, está desmoralizando o governo Helder de forma achincalhadora”, denunciou o líder sindical, aludindo à tentativa de negociar com apenas uma fração dos indígenas que também protestam contra a gestão educacional. Ele destacou que novos grupos de indígenas continuam se dirigindo à Secretaria de Educação (Seduc), o que, segundo ele, expõe as falhas na condução das negociações.

As críticas também foram dirigidas à postura do secretário de Educação em relação aos professores grevistas. O líder afirmou que, na Direção Regional de Educação (DRE) de Castanhal, diretores de escola foram informados de que seriam exonerados caso acobertassem grevistas. “A expressão foi essa, mas ninguém assina o papel para que se tenha comprovado o assédio. São covardes”, disparou.

Outro ponto levantado foi a alegada irregularidade na distribuição de cargas horárias entre os professores. Segundo o líder, os docentes estão sendo obrigados a assumir jornadas fora dos limites estabelecidos pela legislação. “Estamos lotados nas escolas apenas de boca. O diretor diz: ‘Olha, pega essa e essa turma, trabalha de manhã e de tarde’. Mas isso está completamente fora da lei. A lei só diz 100 ou 200 horas, mas o diretor está lotando a gente com 120, 130, 140, 150 horas. Completamente fora da lei”, denunciou, acrescentando que essas ordens têm sido dadas de forma verbal, sem nenhum respaldo formal.

A estratégia de divisão entre as categorias também foi alvo de críticas. “A estratégia, senhor procurador, de tentar nos dividir, não vai funcionar. Vocês tentaram fazer isso com os indígenas, dizendo que o Sintep estaria negociando com o governo para separar indígena de professor. Tentaram jogar indígena contra indígena, indígena contra trabalhador urbano, mas não está funcionando”, afirmou.

Duro recado

O líder ainda atacou diretamente o histórico de gestão educacional de Rossieli Soares, ex-secretário de Educação nos estados de São Paulo e Amazonas. “A educação em São Paulo e no Amazonas não melhorou, senhor secretário. Os números do Enem estão aí para provar. Depois que o Rossieli passa pelo governo, a educação afunda. Manter Rossieli numa esperança de melhorar os índices é pura ilusão”, sentenciou.

O tom do discurso foi encerrado com um aviso direto ao governador e ao secretário: “Nem Rossieli, nem Helder Barbalho terão um minuto de sossego nesse estado enquanto não resolverem essa situação”.

A ocupação do prédio da PGE ocorre em meio a uma greve que tem mobilizado milhares de professores e exposto um ambiente de tensão entre o governo e os profissionais da educação no Pará. O governo ainda não se manifestou sobre as declarações feitas durante o ato.

Com informações do Portal Ver O Fato

Foto: Divulgação

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