A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) atuam para coibir o garimpo ilegal nos rios da Amazônia. Os garimpeiros usam dragas que revolvem os sedimentos do leito do rio com maquinário pesado, resultando na destruição do leito fluvial, contaminação das águas por mercúrio e impactos severos nas comunidades ribeirinhas que dependem do rio para sua subsistência.
Recentemente, o Greenpeace Brasil descobriu, via satélite, um aglomerado de 130 balsas, mostrando a resiliência da atividade garimpeira no rio Madeira. A Bacia Hidrográfica já foi alvo de operações anteriormente. Dados do MapBiomas, de 2021, mostram que a área de garimpo terrestre na bacia do Madeira saltou de 3.753 hectares em 2007, para 9.660 hectares em 2020 – um aumento de 5.907 hectares, o equivalente a mais de 8.200 campos de futebol.
Na Amazônia, que concentra 94% da área garimpada do Brasil, mais de 50% das operações ocorrem ilegalmente em Terras Indígenas e Unidades de Conservação. O garimpo no bioma cresceu 10 vezes nas últimas três décadas, com aumentos de 301% em Unidades de Conservação e 495% em Terras Indígenas. Por isso, a atuação da PF e do MPF tem sido firme para combater a atividade ilegal.
Da Redação