Os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) reafirmaram sua influência no cenário político nacional ao assumirem cargos de liderança no Congresso, que foram oficializados nesta quarta-feira, 19.
Aziz foi escolhido como líder da bancada do Partido Social Democrático (PSD), enquanto Braga assumiu a mesma posição no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Os líderes partidários desempenham um papel estratégico no Senado, coordenando as ações de suas bancadas, articulando votações com outras lideranças e com o governo, além de defenderem os interesses de seus partidos. Eles também são responsáveis por indicar parlamentares para compor as comissões e por votar em nome da legenda em deliberações simbólicas.
Reforço político para o Amazonas
Os partidos dos senadores amazonenses são os maiores do Congressos e cada um ficou com duas comissões. O PSD está à frente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), uma das mais importantes da Casa, e da Comissão de Relações Exteriores (CRE), enquanto o MDB comandará a Comissão de Assuntos Econômico(CAE) e a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
A CCJ será presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) e a CRE pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Já a CAE será Renan Calheiros (MDB-AL) e a CAS fica sob o comando do senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Analistas políticos avaliam que a proximidade de Omar Aziz e Eduardo Braga com os presidentes das principais comissões do Senado beneficia os interesses do Amazonas, já que propostas que podem prejudicar a Zona Franca ou o estado não devem prosperar.
Desafios para o Governo Lula
Por outro lado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode enfrentar dificuldades com a eleição de senadores da oposição para cargos-chave no Senado. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi eleito presidente da Comissão de Segurança Pública e pode ter como vice o senador Sérgio Moro (União-PR), ambos opositores declarados do governo e com potencial para travar pautas na área de segurança nacional.
Além disso, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) assumiu o comando da Comissão de Direitos Humanos, enquanto Marcos Rogério (PL-RO) ficará à frente da Comissão de Infraestrutura, o que pode representar mais desafios para o Governo Federal na tramitação de projetos nessas áreas.
Thaise Rocha, para o Portal O Poder
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