Um assistente virtual baseado em inteligência artificial (IA) voltado ao apoio das atividades dos promotores de Justiça. Este é o principal objetivo do VitórIA, projeto apresentado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), nesta segunda-feira, 7.
O projeto VitóriA busca modernizar a atuação institucional do MP com o uso de tecnologias de inteligência artificial (IA), permitindo a automação de tarefas repetitivas, a análise de grandes volumes de dados e o apoio à produção de peças jurídicas. Entre suas funcionalidades estão a triagem de denúncias, a consulta eficiente a leis e jurisprudências, a geração de resumos automáticos de vídeos de audiências e a formulação de decisões baseadas em evidências.
A reunião contou com a presença da procuradora-geral de Justiça (PGJ) do Amazonas, Leda Mara Albuquerque, do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, do superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Waldenir Vieira, e do diretor da Escola Superior de Tecnologia da UEA, Jucimar Maia da Silva Júnior, além de membros das equipes técnicas das instituições envolvidas.
“O VitóriA é uma iniciativa que visa fortalecer a atuação estratégica do promotor, principalmente em um estado com as características geográficas e sociais do Amazonas”, afirmou a PGJ.
Funcionamento
A tecnologia central do projeto é baseada na técnica de _retrieval-augmented generation_ (RAG) — em tradução literal, geração aumentada de recuperação —, que combina a recuperação de informações à geração de texto, com o objetivo de melhorar a precisão e a confiabilidade das respostas geradas. A solução prevê, ainda, a criação de um laboratório de inteligência artificial dentro do MPAM e a publicação de artigos científicos.
O projeto, que tem orçamento estimado de R$ 4 milhões e execução em dois anos, deverá ser submetido a possível financiamento com recursos oriundos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus. A legislação exige que empresas de tecnologia da informação e comunicação invistam pelo menos 5% do seu faturamento bruto anual em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) na Amazônia Ocidental e Amapá.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, sinalizou apoio à iniciativa e afirmou que o projeto será de grande relevância para o Estado. “O próximo passo do MPAM é articular junto às empresas com obrigação de PD&I os recursos necessários para o desenvolvimento do projeto”, afirmou.
Texto: Ascom, com informações da Suframa
Foto: Divulgação/Suframa