Na última terça-feira, 1º, durante a audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Terra na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), o deputado Soldado Sampaio apresentou documentos e mapas que, segundo ele, evidenciam um fracionamento irregular de terras no estado. Conforme os dados apresentados, mais de 31 mil hectares estão concentrados em nome de apenas duas famílias, o que levanta suspeitas sobre a legalidade da distribuição fundiária promovida pelo Iteraima.
De testemunhas a investigados
O deputado também solicitou que a presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Costa, deixe de ser tratada como testemunha e passe à condição de investigada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Terra. Segundo o parlamentar, as respostas evasivas da gestora não permitem que ela continue sendo apenas uma testemunha no processo.
Sampaio argumentou que há falhas evidentes na administração do Iteraima, incluindo indícios de direcionamento de terras e intenções ocultas nos processos fundiários. Ele destacou que deseja continuar questionando a presidente sobre áreas específicas, como a Gleba Baliza, Ereu e a vicinal do Zé Evaldo, mas agora sob uma nova perspectiva, com Dilma como investigada.
O presidente da CPI da Terra, deputado Jorge Everton, também determinou que o diretor de Governança Fundiária do Iteraima, João Silva, passe à condição de investigado. A decisão foi tomada com base nos mesmos indícios apresentados, que apontam para irregularidades nos processos de concessão de terras no estado.
As investigações seguem em curso e podem revelar novos desdobramentos sobre a gestão fundiária em Roraima. O caso levanta debates sobre transparência e legalidade na distribuição de terras públicas, tema que tem sido alvo de críticas e denúncias frequentes na região.
Da Redação com informações de Roraima Ao Vivo e Roraima na Rede
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