abril 29, 2025 22:51

Mega federação União Progressista é formada

O governador do Amazonas, Wilson Lima, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade, oficializaram na noite desta terça-feira, 29, a formação do União Progressista. Essa é a maior federação partidária do Brasil e tem a missão de construir um futuro mais seguro e próspero para o País.

Durante o seu discurso, Wilson Lima falou sobre a importância da federação União Progressista para a política brasileira.

“Eu venho da região Norte que é a mais rica desse País, mas que ainda convive como uma pobreza muito grande. Não há nenhuma sociedade que possa mudar os seus Indicadores Sociais sem que aja desenvolvimento econômico. Geralmente o mundo olha para a Amazônia e só vê a copa das árvores. Quero desejar sabedoria. Quero que Deus continue guiando esses homens, Ciro e Rueda. Não tenho dúvida que seremos a bússola para um destino melhor para o Brasil”, afirmou.

Roberto Cidade afirmou em suas redes sociais que a medida é uma construção ousada e inteligente dos presidentes Antônio de Rueda e Ciro Nogueira, que entendem que o nosso país precisa de uma alternativa viável e fora da polarização que vemos atualmente.

“O Amazonas ganha mais protagonismo ainda nesse novo momento dos partidos, já que temos a maior bancada de deputados estaduais, o maior número de vereadores na Câmara Municipal de Manaus e o governador Wilson Lima. É a hora de união e progresso! O Brasil precisa de novos tempos e não tenho dúvidas que estamos preparados pra cumprir essa missão”, afirmou.

Mega federação deverá ter orçamento de quase R$ 1 Bi

Em negociações avançadas, a federação entre PP e União Brasil projetou as estratégias para atrair filiados e nomes que possam ser competitivos nas eleições de 2026. Um dos principais trunfos para isso será o fundo eleitoral. No ano passado, as duas legendas somaram R$ 954 milhões em recursos voltados ao financiamento de campanha.

Os líderes dos dois partidos conversaram sobre os últimos detalhes para a formação da federação. Com o movimento, a nova federação passará a ter a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 cadeiras.

Em São Paulo, líderes de ambos os partidos já começaram a busca para atrair nomes competitivos para a chapa de candidatos a deputados e apostam no “gordo” fundo eleitoral para isso. Nas palavras de um dos envolvidos na conversa, a federação será um “canhão” eleitoral.

De acordo com a legislação eleitoral, cada partido pode lançar 71 candidatos a deputado federal pelo estado. Com a federação, a tendência é que haja uma divisão entre PP e União – um lançando 35 e outro, 36 nomes. Com isso, o valor de fundo eleitoral que poderá ser direcionado para cada candidatura é maior, dando mais “poder de fogo” para possíveis puxadores e voto.

“Acaba te dando mais força para atrair mais pessoas para participar, o recurso faz muita diferença”, afirma o deputado federal Maurício Neves, presidente do diretório estadual do PP. Atualmente, os dois partidos somam 10 deputados na bancada paulista da Câmara. O objetivo é aumentar entre 50% e 60% esse número.

Para a disputa do Senado, o principal nome em São Paulo é do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que se filiará ao PP no dia 8 de maio.

Por outro lado, assim como no plano nacional, onde algumas lideranças mais ligados ao governo Lula apresentam resistência à federação, o acordo também desagradou parte dos parlamentares de São Paulo e pode provocar a saída de alguns.

Nesta semana, um deputado estadual do PP enviou uma mensagem ao presidente estadual dos Progressistas perguntando “está preparado para o Miltão ser seu chefe”, em referência ao Milton Leite, cacique do União Brasil paulista.

Divisão dos comandos

São Paulo é um dos nove estados em que o acordo prevê que haja um consenso sobre o comando. Caso não haja, caberá à Executiva nacional da federação tomar as decisões.

Outros nove estados terão o comando do União: Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia. Já o PP deve ficar com Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Sanca Catarina. Já o comando nacional deverá ter um rodízio.

A escolha do primeiro presidente da federação está entre o ex-presidente da Câmara, Artur Lira, o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (foto em destaque), ou o presidente nacional do União, Antônio Rueda.

O Metrópoles apurou que também já há uma movimentação para atrair prefeitos do interior para a futura federação. Um dos nomes citados é o de Rodrigo Manga (Republicanos), que tem conversas com o União. Com a concretização da federação, a tendência é que aumente essa ofensiva.


Augusto Costa, para O Portal O Poder

Foto: Divulgação

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