setembro 17, 2025 13:10

Centrão se irrita com PT na votação da PEC da blindagem e MP da tarifa social de energia fica ameaçada

Os partidos do Centrão se irritaram com a baixa adesão da base governista à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a blindagem judicial para deputados e senadores.

Apesar da aprovação da proposta, líderes da Câmara avaliam que a oposição buscará uma resposta criando dificuldades para aprovar a medida provisória que amplia a tarifa social para a conta de luz.

A chamada PEC da Blindagem foi aprovada na terça-feira, 16, mas contou, segundo líderes do Centrão e da oposição, com menos votos do que o esperado da base governista.

Segundo deputados ouvidos pela TV Globo, a negociação da PEC se arrastou por demanda, sobretudo, do PT.

Após alterações no texto para contemplar o partido do presidente Lula, que envolveram até a troca do relator do texto, 12 dos 67 deputados petistas votaram a favor do texto, quantidade considerada baixa pelo Centrão.

“Foram idas e vindas no texto e depois não ajudaram na aprovação da proposta”, disse um líder do Centrão.

De acordo com oposicionistas, o PT ainda atuou para demover deputados do PCdoB que já tinham se manifestado a favor do novo texto apresentado pelo novo relator, Claudio Cajado (PP-BA).

Um segundo líder da oposição ouvido pela reportagem afirmou que os poucos votos entregues pelo PT na votação da PEC mostram que não há interesse do governo em dialogar com a Casa, mesmo em um projeto que buscaria a valorização do Legislativo de forma geral, o que faz com que a oposição também não queira dialogar com o governo.

Diante disso, líderes na Câmara acreditam que a oposição deve impor dificuldades para que a MP da tarifa social seja votada. A medida enviada pelo governo precisa ser analisada pela Câmara e Senado nesta quarta-feira, 17, último dia de vigência antes de perder validade.

O governo também avalia que a MP está em risco, mas está apostando em apontar para os deputados a alta impopularidade da retirada no benefício das contas de luz, o que acontecerá caso a MP não seja votada.

O relator da medida provisória, Fernando Coelho Filho (União-PE), também admite dificuldades.

“Acho que já atrapalhou hoje. Amanhã vamos ver como será”, disse. “Amanhã a oposição vem com pauta de anistia. Não dá pra dizer como será amanhã”, afirmou com pessimismo.

 

Da Redação, com informações do G1
Foto: Divulgação 

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