Berros, humilhações, mensagens ameaçadoras e funcionários proibidos de entrar nas próprias salas são algumas das acusações feitas por servidores do TJPA contra o juiz Juliano Dantas, de Ourilândia do Norte, que em reunião pública chegou a chamar subordinados de “parasitas”.
Alguns relataram retaliações por recusarem convites pessoais do magistrado. O resultado: adoecimento psicológico e tratamentos médicos.
O assédio moral foi registrado em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) julgado no dia 15 pelo tribunal. Reconhecida a gravidade dos fatos, a punição foi uma transferência. Dantas, afastado desde 2021, continuou recebendo seu salário de cerca de R$ 30 mil durante quatro anos.
Na sessão, os colegas desembargadores demonstraram generosidade. Amílcar Roberto Bezerra Guimarães sugeriu que uma servidora poderia ter se casado com Dantas se aceitasse um almoço e viagem com ele. As denúncias foram classificadas como “fofoca” e as atitudes de Dantas atribuídas à “instabilidade emocional, agravada por transtorno de ansiedade e depressão”.
Curiosamente, Guimarães já havia causado polêmica ao dizer em outro julgamento que há uma “epidemia de diagnóstico de autismo porque isso virou mina de enriquecimento”. Na ocasião, não houve punição.
Da Redação, com informações do Lauro Jardim
Foto: Divulgação

