A Polícia Federal prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, na noite desta segunda-feira, 17, por volta das 22h no Aeroporto de Internacional de Guarulhos, quando viajaria para Dubai para fechar negócios. A prisão integra a operação deflagrada na manhã desta terça-feira, 18.
A Operação Compliance Zero combate a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. Estão sendo investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.
A PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. A CNN Brasil apurou que a Polícia Federal monitorou Vorcaro e antecipou a prisão para evitar uma fuga.
Entre os presos também está Augusto Lima, sócio de Daniel Vorcaro. A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão contra o presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa, que foi afastado pela Justiça nesta terça.
As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.
A CNN Brasil tenta contato com o Banco Master e com a defesa de Vorcaro para um posicionamento. O espaço está aberto.
Banco Central decreta liquidação do Master
Também na manhã desta terça, o BC (Banco Central) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master menos de um dia após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição financeira.
Segundo fontes próximas do tema, a liquidação acaba com a possibilidade de o acordo de venda avançar.
Pelo termo, também fica sob liquidação judicial a corretora de câmbio do banco. A liquidação foi assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
O Banco Master voltou ao radar do mercado em setembro, quando o BC negou a autorização para o banco de Brasília adquirir a companhia. Especialistas consideravam o modelo de negócios do master problemático, já que o banco emitia papéis garantidos pelo FGC e pagava taxas muito acima do mercado.
Da Redação com informações da CNN Brasil
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