Na última terça-feira, 9, repórteres foram retirados e impedidos de registrar os acontecimentos no Plenário da Câmara, após o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a mesa diretora e se recusar a deixar o espaço. Os policiais legislativos teriam iniciado o esvaziamento do plenário.
Enquanto esperavam a retirada do deputado do local e um pronunciamento do parlamentar, jornalistas foram agredidos pela Polícia Legislativa da Câmara. Glauber foi retirado à força do plenário pelos policiais.
Nesta quinta-feira, 11, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), por meio do presidente da associação, Octávio Costa, afirmou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), “não sabe a importância do jornalismo para a democracia”.
Diante dos episódios, a ABI decidiu acionar a Procuradoria-Geral da República e também ir ao Conselho de Ética da Câmara contra Hugo Motta.
“O trabalho de relato dos fatos, de relato da verdade, de compromisso com a verdade que o jornalista tem, compromisso com a ética, incomoda muita gente. E pelo visto incomoda muito o presidente da Câmara”, afirmou Octávio Costa nesta quinta-feira.
Costa participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado para tratar sobre liberdade de imprensa e violência contra jornalistas no Brasil.
A ABI anunciou, em nota, a tomada de iniciativas jurídicas e institucionais contra o presidente da Câmara. Entre as quais:
- representação na Procuradoria-Geral da República, por crime de responsabilidade, pelo fato ocorrido no interior da Câmara de Deputados, com relação ao direito à liberdade de imprensa e expressão;
- denúncia à Relatoria Especial de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA;
- representação na Comissão de Ética da Câmara de Deputados contra o Presidente Hugo Motta, por quebra de decoro parlamentar e infração disciplinar.
Com informações de G1

