O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) concedeu à Febraban (Federação Brasileira de Bancos) liminar para suspender uma campanha publicitária sobre o fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito, informa o Estadão.
A autora da campanha, a Abranet (Associação Brasileira de Internet), representa parte da indústria das “maquininhas” de cartão de crédito. A entidade entrou no Conar com recurso contra a liminar, que foi rejeitado pelo conselho nesta segunda-feira (4).
Veiculada a partir da última sexta (1º), a ação publicitária da Abranet dizia que os grandes bancos “querem acabar com as compras parceladas sem juro” e que as instituições financeiras pretendiam “criar taxas novas, prejudicando e encarecendo as compras parceladas sem juros”.
A federação dos bancos rebateu dizendo que o anúncio da Abranet era “antiético, inverídico, leviano e difamatório” e visava “atacar os bancos e confundir a opinião pública, gerando medo e insegurança no cidadão em temas sensíveis sobre consumo e compras parceladas”.
Em seu recurso, a associação das “maquininhas” alegou que a propaganda tinha caráter informativo em relação às discussões do Desenrola Brasil —projeto de lei sobre renegociação de dívidas lançado pelo governo federal, que deve incluir um teto para os juros do rotativo do cartão de crédito.
Em nota divulgada pela Febraban, o presidente da federação, Isaac Sidney, disse que a entidade “nunca defendeu o fim do parcelado sem juros”. “No último dia 14, assinei nota pública na qual, claramente, afirmei que o parcelamento sem juros no cartão de crédito deve ser mantido e aprimorado”, acrescentou.
Com informações de O Antagonista
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