Num estudo global e envolvendo mais de 11 mil pessoas, a Organização Mundial da Saúde concluiu que nem a hidroxicloroquina e nem o antiviral remdesivir mostraram eficácia contra a covid-19.
Os resultados foram classificados como “decepcionantes” e reforçam a estratégia da entidade de focar seus esforços para garantir a maior campanha de vacinação da história, em 2021.
O remdesivir, que foi criado para dar uma resposta à crise do ebola, teria sido tomado pelo presidente Donald Trump. Já a hidroxicloroquina foi promovida por Jair Bolsonaro.
De acordo com o estudo, os remédios mostraram “pouco ou nenhum efeito sobre a mortalidade” ou na redução de tempo de internação para pacientes hospitalizados com coronavírus. Os produtos tampouco parecem ajudar os pacientes a se recuperarem mais rapidamente.
Se a cloroquina já havia sido abandonada por diversos países ao longo dos últimos meses, o remdesivir era ainda considerado como uma esperança e contava com uma autorização das autoridades nos EUA para seu uso emergencial.
A OMS ainda alertou para a falta de resultados positivos no caso da composição lopinavir/ritonavir e interferon. Nenhum deles ajudou os pacientes a viver mais ou a sair do hospital mais cedo.
De acordo com a empresa, os benefícios do remédio foram demonstrados em três ensaios clínicos.
Conteúdo e foto: Reuters