Enquanto o governador do Pará, o prefeito de Belém, parlamentares, autoridades em geral e até empresários se deslumbram ante as belezas e riquezas de Dubai, palco da COP 28, nos Emirados Árabes, a capital paraense, anunciada como palco do próximo evento da ONU, a COP 30, vive e convive com suas duras realidades. O que dizer, por exemplo, do que acontece em uma de suas principais avenidas, a famosa Doca, ou Visconde de Souza Franco, em pleno centro da cidade?
Pedras no caminho
Por obra e graça da prefeitura, desde outubro passado, ou seja, há quase dois meses, vê-se uma que, ao que parece, já que não tem placa indicativa, se destina à execução de serviços de fiação elétrica subterrânea. Até aí tudo bem. Aplausos. Só que a obra se arrasta por todo esse tempo sem ser concluída, e pior: as pedras portuguesas retiradas não são recolocadas, deixando no calçadão mais uma ameaça aos pedestres.
Esperança que morre
Por essas e outras oito em cada dez habitantes de Belém duvidam da capacidade da gestão do prefeito Edmilson Rodrigues de executar ao menos metade do que vem prometendo com vistas à COP30, que acontece em menos de dois anos. Vale lembrar que esta não é a única obra em Belém que segue na base do devagar, quase parando: a avenida Romulo Maiorana, a macrodrenagem da Estrada Nova, os mercados da Pedreira, Guamá, Marco, Terra Firme e Icoaraci, entre outras, também estão no mesmo ritmo.
Duas perguntas
Se recolocar pedras – ainda que sem valor histórico, como as pedras de lioz, tombadas pelo Patrimônio Histórico, mas de valor social – removidas de uma calçada já é difícil, como imaginar que o canal da Doca será transformado em jardim? Ou, se em uma simples obra no centro da cidade acontece isso, o que vem acontecendo nos bairros da periferia?
Henrique Souza,com informações de Portal Olavo Dutra
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