Delegações do baixo Tapajós e de outras regiões do Pará foram à Secretaria de Estado da Educação para reivindicar a revogação da lei do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some). O protesto aconteceu na manhã de hoje (14).
A manifestação também é referente à retirada do capítulo Il, exclusivo para o Modular Indígena, sem a consulta dos povos originários. Pelas redes sociais, os manifestantes demonstravam indignação.
“Em mais um ato que não somos atendidos pelos funcionários da Seduc, tivemos que usar a força dos encantados para podermos entrar em um espaço que também é nosso. Hoje celebramos um marco histórico: a chegada dos povos indígenas à Secretaria de Educação do Estado do Pará, em Belém. Um passo importante na construção de uma educação que respeita e valoriza a diversidade cultural, promovendo o diálogo e fortalecendo as vozes originárias. Juntos, seguimos na luta por direitos e por uma sociedade mais justa e inclusiva!”, diz a publicação.
Votação gerou caos
Em dezembro do ano passado, professores e servidores do Pará foram atingidos com balas de borracha e spray de pimenta pela tropa de choque da Polícia Militar. O fato aconteceu em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), em Belém.
O motivo da manifestação foi a votação, em regime de urgência, do PL 729/2024 do governador Helder Barbalho (MDB). O texto foi aprovado pelos deputados e recebeu dez votos contra durante a 36ª sessão ordinária da casa, última do ano passado. O PL já havia recebido pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças e Educação na Alepa.
Da Redação