A Operação Boiúna, deflagrada pela Polícia Federal para combater a mineração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira, resultou na inutilização de 277 dragas utilizadas na extração clandestina, causando um prejuízo direto em R$ 38 milhões às organizações criminosas.
A ação, que teve duração de 14 dias e encerrou na última quarta-feira, 24, foi coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI) e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e CENSIPAM.
Além dos R$ 38 milhões diretamente, o restante do valor de impacto da operação considera: Prejuízo patrimonial com a destruição dos equipamentos; Valor do ouro extraído ilegalmente nos últimos sete meses; Danos socioambientais acumulados na região; Lucros cessantes estimados pela interrupção da atividade ilegal.
Além das ações repressivas, a operação incluiu medidas sociais e ambientais. No dia 18 de setembro , equipes da Polícia Federal visitaram a comunidade ribeirinha de Democracia, em Manicoré, com apoio do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.
Foram coletadas amostras de cabelo, água e material biológico para análise do impacto do mercúrio sobre a saúde das populações expostas. Tão logo os estudos sejam concluídos, serão divulgados oficialmente.
Levantamento recente do Greenpeace Brasil identificou mais de 500 balsas de garimpo ilegal operando no Rio Madeira, inclusive em áreas próximas a unidades de conservação e terras indígenas, reforçando a necessidade de ações contínuas de enfrentamento ao avanço da atividade criminosa.
Da Redação, com informações da PF
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