Após meses de tensão e indiretas, Lula e Trump finalmente dividiram o mesmo espaço na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O clima, que prometia ser de tensão, acabou rendendo um inesperado tom de “amizade repentina”.
Na terça-feira, 23, Lula subiu ao púlpito para criticar “medidas unilaterais e arbitrárias” contra o Brasil. Logo depois, Trump, em um raro momento de gentileza diplomática, elogiou o brasileiro e disse até que “surgiu uma química”. A declaração pegou todo mundo de surpresa – inclusive Lula, que admitiu ter ficado “feliz com o aceno”.
“Se somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há por que viver em conflito”, disse o presidente brasileiro, em coletiva de imprensa, mostrando que os dois países podem entrar em uma nova fase.
Possíveis pautas
O aceno amistoso de Trump já mobilizou o Itamaraty, que agora tenta organizar um encontro entre os dois ou por telefone ou frente a frente. Mas, como sempre, há cautela: afinal, nunca se sabe qual será a próxima “surpresa” de Trump. Na lista de assuntos estão o tarifaço, sanções e, é claro, a dúvida — será que dessa vez a química vinga ou é só fogo de palanque?
Da Redação