outubro 6, 2025 09:26

CGU identifica superfaturamento de R$ 3,9 milhões de recursos federais em Presidente Figueiredo

Os auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) observaram, nas investigações da Operação Ponto de Parada – deflagrada na manhã desta segunda-feira, 23 em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) – que a empresa contratada para o transporte escolar em Presidente Figueiredo, cidade distante 128 quilômetros de Manaus, atuava como mera intermediadora na prestação dos serviços, o que gerou um superfaturamento de R$ 3.903.405,70, com recursos federais.

De acordo com os auditores, em relação a aquisição de combustível para o transporte escolar, o esquema fraudulento apresentou um superfaturamento de R$ 1.865.091,81, com recursos ordinários do município, o que totalizaram a suspeita de desvios no valor de R$ 5,7 milhões decorrente de superfaturamento de serviços de transporte escolar e aquisição de combustível

Investigação

A CGU explicou que o trabalho teve como origem o Programa de Fiscalização de Entes Federativos da Controladoria no município de Presidente Figueiredo, no segundo semestre de 2019, resultando na verificação de fraudes na contratação de empresa para transporte escolar e na aquisição de combustível para o transporte escolar. As ilicitudes ocorreram nos exercícios de 2017 e 2018.

Impacto social

Conforme a CGU, o desvio de recursos públicos do PNATE (Programa Nacional de Transporte Escolar) e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), afetam o desenvolvimento educacional das crianças envolvidas, com efeitos irreversíveis sobre todos aqueles que deveriam se utilizar da política pública, trazendo desigualdade educacional e social.

Diligências

A Operação Ponto de Parada consiste no cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão temporária no município de Manaus (AM). O trabalho conta a participação de quatro servidores da CGU e cerca de 40 policiais federais.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, fraude à licitação, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Divulgação

Últimas Notícias

Prefeita de Manacapuru mira aliados ao culpar gestões passadas por bloqueio de contas

Um discurso polêmico da prefeita de Manacapuru, Valcileia Maciel (MDB), responsabilizou aliados políticos por bloqueios judiciais que a prefeitura...

Mais artigos como este

error: Conteúdo protegido!!