O partido Republicanos, comandando no Amazonas pelo deputado federal Silas Câmara, vem estudando o caminho para trilhar nas eleições no Estado com planejamentos de curto, médio e longo prazo. Caminho esse que se inicia nas eleições de 2022, quando os amazonenses vão às urnas escolher nomes para o governo, deputados estaduais e federais, senadores e presidente do Brasil.
Quem é mais próximo do deputado federal Silas Câmara sabe do “sonho” do parlamentar de buscar voos mais altos e conquistar uma vaga no Senado Federal. Para alguns apoiadores, esse sonho pode chegar no pleito de 2022, no entanto, a conjuntura política avaliada pelo próprio deputado é para 2026. Isso, se não houver “forças maiores” que possam inviabilizar o político, como é o caso das investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Penal nº 864, o inquérito da “rachadinha”.
Para disputar uma vaga no Senado, Silas avalia duas questões: Uma está relacionada ao apoio do Governo do Amazonas, apoio esse que não existe junto ao atual governador Wilson Lima (PSC). Outra questão, é ter a “estrutura” do governo para conseguir “robustez” durante a campanha, com espaços nas viagens para o interior do Estado.
Amigo Braga
O cenário considerado ideal para Silas Câmara, com todos esses “artifícios” que podem ajudá-lo a conquistar a vaga no Senado, é o resultado da eleição de 2022, com a conquista do emedebista Eduardo Braga ao governo do Amazonas, com quem tem uma ligação mais “próxima”.
Outra questão avaliada por Silas Câmara, é a abertura de duas vagas para o Senado nas eleições de 2026. Nesse caso, a linha de raciocínio do deputado é: “quanto mais, melhor”.
Levando em consideração todo esse cenário de apoio e de números de vagas abertas no Senado, Silas Câmara deve disputar a reeleição para a Câmara Federal nas eleições de 2022. No entanto, existe o “temor” do parlamentar chamado “STF” e o inquérito da “rachadinha”.
De olho
De olho na vaga de Silas, o deputado estadual João Luiz, vem reunindo com assessores, apoiadores, membros da igreja e representantes de movimentos, como da causa animal, para viabilizar uma possível candidatura para o Congresso.
Eleito pelo voto “institucional”, por ser membro da Igreja Universal, João Luiz aguarda a possibilidade de inviabilização da candidatura de Silas e já se prepara para disputar a eleição rumo ao Congresso Nacional.
Em 2016, João Luiz conquistou 13,9 mil votos. Na eleição de 2018, quando disputou uma vaga para a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o pastor recebeu nas urnas 25,8 mil votos, ficando na 13ª posição entre os que mais receberam votos.
Pensamento contrário
Fontes de dentro do Republicano revelaram que João Luiz diverge em relação aos pensamentos da legenda, mas, não cogita a possibilidade de sair do partido. O motivo, é perder o voto institucional da igreja e acabar com um destino parecido com dos ex-deputados Wanderley Dallas e Francisco Souza, que “abandonaram” os “amparos” da igreja Assembleia de Deus e perderam os votos os irmãos.
João Luiz também considera a possibilidade de o colega de partido, deputado capitão Alberto Neto, não conseguir manter suas bases eleitorais. Sem o voto institucional, Alberto Neto que não é membro da igreja Universal, pode enfrentar dificuldades para se reeleger.
Não confirma nem nega
Procurado pelo O Poder, o deputado estadual não comentou sobre as especulações das eleições de 2022.
Na disputa
Sem nada a perder, três vereadores eleitos pelo Republicanos também podem entrar na briga durante as eleições de 2022. O vereador mais votado do pleito (13,8 mil votos), João Carlos, poderá disputar eleição para vaga de estadual ou federal.
Já o vereador capitão Carpê, quarto mais votado nas eleições (8,5 mil votos), poderá entrar na briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa do Amazonas. Não tão diferente, o vereador Márcio Tavares, poderá também concorrer a uma das cadeiras na ALE.
Peso do voto
A diferença entre os três pretensos candidatos vereadores, é que dois seguem o benefício dos votos institucionais, por serem membros da igreja Universal. São eles: João Carlos e Márcio Tavares.
Henderson Martins, para O Poder
Colaborou, Augusto Costa
Foto: Montagem O Poder