O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, aproveitaram a decisão que anulou as sentenças contra o ex-presidente Lula para fortalecer a teoria de “lawfare”, segundo a qual todos são perseguidos por uma conspiração opositora.
Alberto Fernández
O primeiro a comemorar a anulação de ações penais e sentenças contra Lula foi o presidente argentino, Alberto Fernández.
Ele telefonou para Lula e depois publicou um comentário nas redes sociais. Na conversa, Fernández disse que “nunca duvidou da inocência de Lula”.
Celebro que @LulaOficial haya sido rehabilitado en todos sus derechos políticos. Se anularon las condenas en su contra que fueron dictadas con el solo fin de perseguirlo y eliminarlo de la carrera política.
Se hizo Justicia!#LulaLivre https://t.co/Hog0MqFtJg— Alberto Fernández (@alferdez) March 8, 2021
“Celebro que Lula tenha sido reabilitado em todos os seus direitos políticos. Foram anuladas as condenações contra ele, ditadas com o único objetivo de persegui-lo e de eliminá-lo da corrida política. Foi feita justiça!”, escreveu Fernández.
Evo Morales
O boliviano Evo Morales (2005-2019) também comemorou que “finalmente tenha sido feita justiça com o irmão Lula”.
Al fin se hizo justicia con el hermano @LulaOficial, víctima de una sañuda persecución y Lawfare de la derecha con fines políticos. El Tribunal Supremo de #Brasil anuló las condenas que pesaban contra él y con ello le devolvió derechos políticos. Gran alegría en la patria grande.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) March 8, 2021
“Lula é vítima de uma furiosa perseguição do ‘lawfare’ da direita com fins políticos”, publicou Morales, que não é processado por corrupção, mas por outras acusações. O atual Congresso boliviano, com maioria de legisladores aliados de Morales, está a ponto de conceder uma anistia ao ex-presidente.
“Lawfare” é o termo usado pela esquerda latino-americana para definir uma guerra judiciária, criada pela direita, para intervir na política e destruir adversários. Dessa conspiração participariam a oposição, empresários, o sistema financeiro, os meios de comunicação, os Estados Unidos e a Justiça.
Conteúdo: RFI
Foto: Divulgação