Com 51,44% dos casos confirmados do novo coronavírus concentrados no interior do Estado em 59 dos 61 municípios, os números chamam a atenção e acendem o alerta vermelho nas cidades afetadas. Em vista disso, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) apresentou como indicação ao governo do Estado que realize medidas de acolhimento social para as pessoas mais carentes e forças-tarefas nas calhas dos rios em comunidades mais isoladas do Amazonas, de forma a conter o avanço do novo coronavírus.
Na avaliação de Serafim, há necessidade de uma atenção especial para o interior do Estado e, principalmente, para as áreas dos municípios indígenas.
“Na quarta-feira, o número de casos no interior já foi maior do que os casos na capital. Isso tende a se alastrar e não temos nenhum plano de contingência para atender, emergencialmente, os municípios do interior”, cobrou.
O deputado citou o exemplo da Bahia onde, em conjunto com a Secretaria de Saúde, as pastas de Educação, de Saúde, de Segurança e de Assistência Social têm atuado para atender as famílias mais pobres e vulneráveis à Covid-19.
“Quero sugerir que se adote aqui (Amazonas) o mesmo sistema que está sendo usado na Bahia, mais precisamente em Salvador. Lá, o enfrentamento da Covid-19, parcialmente, é feito pelo acolhimento passando por estruturas dessas Secretarias de tal forma que aquelas pessoas mais carentes possam ficar isoladas, atendidas e medicadas para que possamos ter um número menor de pacientes vítimas da doença”, afirmou.
Serafim ainda propôs a criação de forças-tarefas nas calhas do Rio Negro, Alto Solimões, Médio Solimões, Juruá, Purús, Madeira, Médio Amazonas e Baixo Amazonas.
“Assim, teríamos oito calhas de rio, cada uma com uma Força-Tarefa, interagindo com as secretarias para que nós possamos travar esse combate agora. Também adotando essa técnica do acolhimento que é recomentada por médicos renomados e que têm experiência na área”, disse.
De acordo com Serafim, não é recomendado querer fazer isolamento social onde tem o idoso, jovem e crianças, todos no mesmo quarto. “Esse idoso fica exposto. Ele tem que ser retirado de lá e levado para escolas, onde estão funcionando os abrigos, de forma que possa ter o mínimo de conforto e atenção”, concluiu.
Augusto Costa, Para O Poder
Com informações da assessoria de imprensa
Foto: Aleam