novembro 17, 2024 02:36

SES-AM discute revisão das doses de vacina para comunidades ribeirinhas

A vacinação de comunidades tradicionais da região contra a covid-19 foi tema de reunião virtual entre o secretário de Saúde do Amazonas (SES-AM), Marcellus Campêlo, e representantes do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal. No encontro, foi destacada a urgência na revisão das doses de vacinas disponibilizada pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para essas comunidades.

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), por meio do superintendente Virgílio Viana, apresentou um estudo sobre a imunização das comunidades tradicionais e assinalou que o PNI precisa rever a quantidade de doses para imunização completa dessas populações, abrangendo ribeirinhos, indígenas aldeados e não aldeados, quilombolas, garimpeiros tradicionais e pescadores.

O secretário Marcellus Campêlo, manifestou apoio à proposta, devido ao fato de o Amazonas possuir uma grande população ribeirinha e de indígenas. Outro assunto discutido foi a possibilidade de aquisição da vacina da Janssen, de dose única, para que os estados da Amazônia possam receber logo o primeiro lote.

“Nós apoiamos completamente essa proposta de dose única para a Amazônia. Se conseguirmos, seria o ideal. Concentrar nossas ações para a compra dessas doses e que o primeiro lote que vier seja para a Amazônia. A ideia é unir os estados da Amazônia Legal para aquisição dessa vacina e, principalmente, destiná-la a essas comunidades mais distantes, porque assim diminuiria pela metade a logística de entrega dessas vacinas nessas comunidades”, disse.

De acordo com o secretário, devido à desaceleração da vacinação por conta da dificuldade de alcançar as comunidades tradicionais, é importante ocorrer a revisão das doses disponibilizadas no PNI. “O Amazonas é uma população ribeirinha quase que completamente. Só em Manaus temos 60 quilômetros de comunidades ribeirinhas na costa da cidade para poder atingir”, explicou.

Apoio internacional

Na reunião do consórcio, que foi presidida pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, que é secretário de Saúde do Maranhão, foram definidas três ações: a revisão das populações tradicionais para divisão das doses de vacinas; a elaboração de um plano entre os estados da Amazônia para levar a assistência de saúde a essas comunidades; e buscar ajuda internacional para aquisição de vacinas.

Segundo Virgílio Viana, a FAS já está atuando na interlocução com instituições privadas internacionais e nacionais para recebimento de doações de doses de vacinas para a Amazônia. O governador do Maranhão, Flávio Dino, que é o presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, deve ser o representante dos estados da região para conseguir essas doações.

Uma reunião também está marcada com a Embaixada da França, no próximo dia 13 de abril, para discutir essa parceria internacional de aquisição da vacina por meio da Guiana Francesa e do Suriname, países que fazem fronteira com estados da região Norte.

 

Com informações da assessoria

Fotos: Divulgação SES-AM

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