Ao falar sobre as dificuldades que o setor de transporte público de Manaus enfrenta, em especial, na legalização dos ônibus de transporte executivo, o vereador Sandro Maia (DEM) foi enfático. “Apenas uma ‘macumbeira resolveria a situação do transporte público em Manaus”, disse o parlamentar.
“Chegamos ao ponto em que as empresas pagam para as empresas coletivas para receber o valor dos vales (transporte e estudantil). Infelizmente, uma macumbeira muito conhecida do Alvorada morreu. Eu ia pedir para desatar esse nó do transporte coletivo. Ela acabava com o casamento e reconstruía. Como a Chiquinha morreu, vai ficar na mão dos vereadores e prefeitos”, disse o democrata.
Em seu discurso, Maia ainda falou que existem modelos opcionais que deram certo na capital amazonense, como o Amarelinho. O vereador também discorreu que é possível ter um transporte de qualidade no município.
“O transporte executivo já tem mais de 15 anos em Manaus e não recebe vale-transporte nem meia passagem. O reflexo são os ônibus superlotados com pessoas transmitindo o coronavírus. Nós temos opções e agora é hora de resolver o problema de vez”, explicou.
O parlamentar também disse que a gestão passada não renovou o contrato e, por isso, não existem ônibus executivos novos circulando na capital amazonense.
Termo
Apesar de popular, o termo “macumbeiro (a)” é considerado pejorativo, racista e preconceituoso com as religiões de matrizes africanas e seus praticantes por diversas entidades e órgãos de Direitos Humanos. A fala do vereador não reflete a opinião do portal O Poder.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/CMM