Manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) feitas por membros de movimentos sociais aconteceram nesta sexta-feira, 23, motivados pela polêmica do Título de Cidadão do Amazonas, concedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pelos parlamentares. Os protestos também aconteceram no Centro de Convenções Vasco Vasques, onde o presidente recebeu o Título.
Parte dos manifestantes presenciais e nas redes sociais acusam Bolsonaro de responsabilidade pela crise de oxigênio em Manaus, no início do ano, quando dezenas de amazonenses morreram pela falta do gás medicinal. O caso está na Justiça e vai ser investigado pela CPI da Pandemia, no Senado.
Com faixas de repúdio e palavras de ordem, os manifestantes se reuniram na frente da Aleam e nem a chuva os impediu de realizarem o protesto.
Apoiadores de Lula
No momento em que o presidente Jair Bolsonaro inaugurava a segunda etapa do Centro de Convenções Vasco Vasques, manifestantes contrários e a favor do presidente se concentraram nas proximidades do empreendimento.
Um grupo de apoiadores do ex-presidente Lula (PT) foi atacado por apoiadores de Bolsonaro na saída do Centro de Convenções Vasco Vasques.
Quando os grupos se encontraram começou uma discussão acalorada e foi necessária a ação da polícia para impedir que ocorresse uma confusão generalizada.
O grupo bolsonarista acuou os manifestantes contrários em menor número e, por pouco, não foram às vias de fato. Os defensores de Lula ainda foram ofendidos chamados de lixo.
Manifestantes contra Bolsonaro espalharam um líquido vermelho, simbolizando sangue, como forma de protesto contra os óbitos durante a pandemia da Covid-19 no Amazonas. O grupo também levou cruzes, que foram colocadas no chão, misturadas à tinta que simbolizava o sangue dos amazonenses mortos pela Covid-19.
Augusto Costa, para O Poder
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