O governo federal negou onze ofertas de fornecimentos de vacinas contra o novo coronavírus. O Ministério da Saúde optou por ignorar as propostas. O número leva em consideração os episódios em que há comprovação documental da omissão governamental. A informação é do G1.
A atitude já é de conhecimento da CPI da Covid e o número deve aumentar ao longo das investigações.
Das onze recusas conhecidas e que podem ser provadas com documentos, seis são referentes à Coronavc. Existem três documentos assinados pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, oferecendo o imunizante. O terceiro foi entregue pessoalmente por Covas ao ministro da saúde, o general Pazuello.
Em razão da falta de respostas dos ofícios, o Instituto Butantan fez três videoconferências com integrantes do Ministério da Saúde para fazer a oferta, todas não tiveram sucesso. Os documentos com as provas da sabotagem do governo federal à Coronavac já estão separados numa gaveta do Instituto Butantan, aguardando apenas um pedido formal da CPI para serem entregues.
Além dessas, mais três ofertas formais realizadas pelo laboratório Pfizer também foram recusadas. A primeira delas foi quando a farmacêutica colocou à disposição do Brasil 70 milhões de doses para serem entregues em dezembro. As outras duas ofertas formais, feitas através de documentos, foram confirmadas pelo laboratório.
Já o autor do requerimento da CPI, senador Randolfe Rodrigues, acrescenta ainda à contagem as duas vezes que o governo Jair Bolsonaro se recusou a participar consórcio da Covax Facility. Conforme o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, o Brasil só aderiu no terceiro convite para aquisição de 212 milhões de doses.
Conteúdo: G1
Foto: CHRISTOF STACHE/AFP