O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva, se manifestou nesta quinta-feira, 22, em suas redes sociais contra as declarações do ministro da Defesa, Braga Neto, que ameaçou o Congresso Nacional de que não haveria eleições em 2022, caso não houvesse voto impresso e audível.
Saraiva alertou o ministro sobre o perigo de prisão por desordem que pode prejudicar os trabalhos eleitorais. “Espero que não tenha acontecido. Bom lembrar o disposto no Código Eleitoral artigo 175 (24): promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais: Pena de reclusão de um a quatro anos”, afirmou o delegado.
Quando questionado nas redes sociais por Isabel Fauchard “e quem teria coragem de prender?”, Saraiva foi enfático na resposta. “Não subestime nossa disposição para defender o cumprimento das leis. Duralex, sed Lex”, alfinetou.
Conversa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, afirmou que havia conversado com o ministro da Defesa, Braga Neto, sobre as declarações. “Conversei com o ministro da Defesa e com o Presidente da Câmara e ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições. Temos uma Constituição em vigor, instituições funcionando. Imprensa livre e sociedade consciente e mobilizada em favor da democracia”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
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Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins