O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu, nesta quinta-feira, 29, que não seria possível comprovar fraudes no sistema eleitoral de votação e que pleitos anteriores tiveram resultados burlados.
A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo em que a imprensa foi convocada para mostrar provas das fraudes. A live teve mais de duas horas de duração e assuntos não relacionados à eleição foram defendidos pelo presidente.
“O mundo todo tem observadores eleitorais. Vão observar o que no Brasil? O que tem de palpável. Não tem como comprovar que as eleições foram ou não foram fraudadas. Vamos apresentar vários indícios aqui”, disse o presidente que estava ao lado de Eduardo Gomes da Silva, coronel do Exército e ex-assessor especial do ministro Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil.
Em vez de provas, foram mostrados: um vídeo de um simulador de urna, que repetiria um padrão de desvio de votos que supostamente ocorreria na urna eletrônica; vídeos gravados em eleições anteriores, em que eleitores afirmam ter visto distorções entre o voto e a imagem exibida pela urna; e hipóteses estatísticas, que seriam supostamente indicativos de fraudes.
Os vídeos apresentados divulgados após as eleições de 2018, em que eleitores alegavam ter tido os votos fraudados durante a votação. Checagens oficiais identificaram as imagens como montagens, bem como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que a Polícia Federal investigou denúncias de irregularidades na cidade de Caxias (MA) e concluiu que não houve fraude, em sentido oposto às imagens de 13 anos atrás.
O TSE e o STF ainda não se pronunciaram sobre a live do presidente. Mas nas redes sociais, o TSE fez posts em que desmente alguns dos “indícios” citados na live.
Conteúdo: CNN
Foto: Reprodução/ Youtube