Em seu pronunciamento durante o Grande Expediente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) desta terça-feira, 10, o vereador Professor Samuel (PL) falou do voto impresso auditável e fez duras críticas ao processo eleitoral brasileiro. Para o parlamentar, é
“prejudicial” que motoristas cheguem ao cargo de senador, por exemplo.
“Tem muita coisa que eu não concordo na política. Eu sou a favor que o senador tenha quatro anos de mandato, mas se continuar sendo oito, quero que o suplente seja o segundo mais votado. Já tem na história do Brasil que um senador colocou seu motorista como suplente. O senador faleceu e o motorista, sem levar um voto sequer, tornou-se senador da República. Como é que pode? Estamos no século 21 e ainda tem esse tipo de coisa acontecendo”, disse o parlamentar.
Para o político, o voto auditável é uma ratificação do que acontece nas eleições com uma proposta de um “controle de qualidade” do voto na urna. O parlamentar ainda disse que se o Brasil tivesse um sistema eleitoral tão bom, grandes potências, como os Estados Unidos, o utilizariam em suas eleições.
“Se queremos tanto economizar na eleição, poderíamos unificar. De quatro em quatro anos votaríamos de vereador a presidente da República. Fazemos de dois em dois anos e é aquela confusão”, finalizou o vereador.
Professor Samuel foi eleito em 2020 com 4.461 votos computados pelo sistema que criticou nesta terça, 10. Ele foi eleito pela primeira vez em 2013 e, desde então, permanece sendo reeleito.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Divulgação
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins