Roraima – Com a prisão temporária de sete suspeitos de terem participação direta no sequestro, tortura e espancamento do jornalista Romano dos Anjos, a expectativa agora é de que a Justiça identifique quem foi o mandante do crime. O comunicador, que à época apresentava um programa de TV local, criticava políticos de Roraima.
Os mandados de prisão foram contra policiais militares, sendo que alguns deles estavam lotados na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) quando o crime foi cometido. À época, a Casa Legislativa era presidida pelo deputado estadual Jalser Renier (SD). Ele não foi alvo da operação.
Ao relatar a abordagem dos criminosos, Romano disse à polícia que os sequestradores falaram os nomes do senador Mecias de Jesus (Republicados) e do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP). Os dois políticos negaram qualquer envolvimento e solicitaram que o caso fosse investigado pela Polícia Federal (PF).
Com informações prestadas em depoimento pelos suspeitos detidos, a Justiça pode concluir em breve as investigações. Até o momento, o caso segue em sigilo. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão.
O Poder entrou em contato com a assessoria de Comunicação do Ministério Público de Roraima (MPRR) para saber os próximos desdobramentos das investigações, mas o órgão reforçou que o caso segue em sigilo. No entanto, revelou que as audiências de custódias ocorreram “dentro da normalidade” na manhã desta sexta-feira, 17, e que os suspeitos continuam presos.
Operação
Batizada de Pulitzer, a operação ocorreu nas primeiras horas dessa quinta-feira, 16, e mobilizou cerca de 100 agentes públicos, dentre eles policiais militares e civis, além do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPRR, responsável pela ação.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação / Rede Social