Nesta terça-feira, 1º, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou a instauração de uma investigação para apurar a possível prática de crimes que teriam sido realizados pelo prefeito Marcelo Crivella pela montagem e manutenção de um serviço ilegal na porta dos hospitais municipais.
A denúncia foi feita na noite de ontem, 31, em uma reportagem da TV Globo, que mostra servidores públicos escalados para constranger cidadãos e jornalistas em hospitais do Rio.
Os repórteres da emissora foram interrompidos, diversas vezes, durante entrevistas com pacientes na porta de hospitais da cidade. Conforme apuração da emissora, a organização da prática é planejada através de um grupo no WhatsApp denominado “Guardiões do Crivella”, formado por funcionários da Prefeitura.
A investigação ficará a cargo da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, com apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça.
Além disso, também será apurada a prática da conduta criminosa do artigo 1º, inciso II do decreto lei 201/67, que trata da responsabilidade de prefeitos.
Investigação na Câmara
O MPRJ receberá também uma denúncia dos vereadores, conforme o integrante da Comissão de Saúde da Câmara, Paulo Pinheiro (PSOL), a prática da prefeitura de realizar pagamentos com dinheiro público a profissionais disseminarem informações duvidosas a população e interromper a imprensa de realizar sua função é “irresponsável”.
“Nós não vamos admitir isso como um caso comum. Por isso estamos entrando com uma representação no Ministério Público, solicitando abertura de um inquérito, para caracterizar o quadro de improbidade administrativa realizada pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Pinheiro.
Conteúdo: G1
Foto: Reprodução/ TV Globo