Roraima – Durante sessão na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), realizada na manhã desta quinta-feira, 10, o deputado estadual Dhiego Coelho (PTC) afirmou que vai à Justiça para “derrubar” a prorrogação do decreto de calamidade pública, aprovado nesta semana na Casa Legislativa com 17 votos.
A proposta, de autoria do governo de Roraima, que alega necessidades de estender o decreto em razão da pandemia da Covid-19.
“Esse ato que nós fizemos, eu não aceito. Estou acionando a Justiça para que seja anulado esse estado de calamidade pública”, disse.
Fiscalização em hospital
Antes de anunciar que vai procurar os meios legais para derrubar o decreto do Executivo, o parlamentar relatou, com detalhes, o que encontrou nesta semana durante visita ao Hospital de Campanha, unidade de saúde estadual que atende pacientes diagnosticados com Covid-19.
“Vi naquele Hospital de Campanha uma estrutura muito grande, vi inúmeros servidores da parte da limpeza, enfermagem, dos médicos, de empresas terceirizadas de segurança ‘pra’ cuidar, pasmem, senhores, apenas de paredes e tendas. Entrei em todas as enfermarias daquele hospital”, iniciou.
Em seguida, o parlamentar explicou que encontrou apenas uma enfermaria funcionando, com apenas dois pacientes internados. Um deles veio do Baixo Rio Branco, com a perna quebrada e estava esperando a transferência para o Hospital Lotty Íris. O segundo é um guianense que apresentava machucado em um dos olhos e que também esperava ser transferido.
“Conversei com os dois, perguntei se eles estavam com covid ou sintoma da doença e falaram que não. Então, o que que eu vi ali? Vi um total desperdício do dinheiro público. Porque é um hospital construído com tendas, com paredes removíveis, com piso removível, com geradores de energia funcionando, com seguranças ‘pra’ manter a ordem. Simplesmente para cuidar de nada!”, desabafou.
Coelho disse, ainda, que esteve novamente ontem na unidade de saúde e que, durante a visita, um paciente deu entrada no Hospital com a suspeita de Covid. Mas, após os testes, foi constatado que ele não estava com o vírus e foi liberado.
Anderson Soares, para O Poder
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