Roraima – No período em que participa de diversos eventos políticos por todo o Estado em ritmo de campanha eleitoral, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), firmou contrato de R$ 3,7 milhões com uma empresa especializada no fornecimento de material para festividades e homenagens.
As informações constam na publicação do Diário Oficial do Estado de Roraima (DOE) da última quinta-feira, 23. Conforme o extrato nº 97/2022, a contratação ocorreu por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Secult), com vigência prevista de 12 meses, podendo ser antecipado.
“O prazo de vigência do presente contrato será de 12 (doze) meses, a contar da data da publicação do Extrato do Contrato no Diário Oficial do Estado de Roraima e poderá chegar ao seu termo final com a entrega de todo o seu objeto e a consequente liquidação da despesa”, cita trecho da publicação.
A contratada foi a D. M. DE AGUIAR EIRELI, com sede em Manaus, no bairro Adrianópolis. O contrato foi assinado no dia 22 de junho pela representante legal da empresa, Dariane Melo de Aguiar, e pelo titular da Secult, Shérisson Bruno Oliveira Pinheiro.
O Extrato do contrato firmado pelo governo não deixa claro várias informações importantes, como, por exemplo, quais eventos a empresa fornecerá material e quais seriam esses materiais. Apenas que será para atender a Secult.
‘Sigilo total’
Está não é a primeira vez que o governo do Estado não apresenta mais detalhes de contratações e gastos milionários de recursos públicos. Mesmo com a solicitação feita pela imprensa, o Executivo Estadual não informou quanto está sendo gasto com a realização do Arraial do Anauá.
Às vésperas do início da festa, no dia 23 de junho, documentos vazados mostram que o valor do montante gira em quase R$ 5 milhões. Mais de R$ 1 milhão só com o pagamento de cachês de sete artistas nacionais.
Silêncio
O Poder entrou em contato com o Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Comunicação, para questionar quais seriam os ‘materiais’ que serão fornecidos pela empresa e que não estão detalhados no documento, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Anderson Soares, para O Poder
Foto:Divulgação