O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta sexta-feira, 30, para fazer uma prestação de contas e falar sobre o atual momento politico brasileiro. Durante a live, Bolsonaro falou que o seu objetivo era mostrar o que foi feito em seu governo, mesmo passando pelo período da pandemia, guerra, crise por falta de água e, segundo ele, com praticamente com toda a imprensa batendo 24 horas em seu mandato.
O presidente criticou o atentando à bomba colocada em um caminhão em Brasília, pelo manifestante George Washington de Oliveira. Bolsonaro relembrou a eleição de 2018.
“Ouso dizer que as manifestações de apoio no corrente ano foram superiores às de 2018. Fui salvo por um milagre daquela facada e fomos vitoriosos no segundo turno contra o candidato do PT, Haddad. Mas podemos imaginar se a facada tivesse sido fatal quem estaria no governo e como estaria o Brasil hoje em dia nestes quatro anos. A facada que eu recebi foi de um ex-filiado ao PSOL que é satélite ao PT e a imprensa não bateu em cima disso e não levou para a questão ideológica. Não falou psolista, petista ou esquerda. Hoje em dia se a pessoa comete um crime ou faz algo que não está de acordo com a lei é bolsonarista”, alfinetou.
“Bomba”
O presidente citou os casos de terrorismo que vem acontecendo em Brasília, lembrando uma bomba que foi encontrada perto do aeroporto de Brasília e afirmou que nada justifica. “O elemento que foi preso graças a Deus com ideias que não coagulam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara de bolsonarista o tempo todo. É a maneira da imprensa tratar. Uma imprensa que lá atrás falava tanto em liberdade de expressão e hoje aplaude quando alguém é preso por ter falado ou duvidado de alguma coisa. Essa falta de liberdade que estamos vivendo e não é de hoje prejudica a democracia. Isso no futuro se continuar vai pegar todo mundo. Nós sempre lutamos por democracia e liberdade, respeito as leis e a Constituição. Passei quatro anos além de trabalhar com os meus ministros mostrando a importância da democracia. O oxigênio da democracia é a liberdade”, avaliou.
Liberdade de expressão
Durante o seu pronunciamento, Bolsonaro falou sobre a liberdade de expressão e disse que muitos não entendem. “Eu vejo hoje uma nação que está com medo de mandar um whatssapp ou tecer um comentário, a discutir algum assunto como nós fomos proibidos a discutir a questão da Covid. Você não podia falar sobre a Covid, tudo era que não existe comprovação científica. Até a liberdade dos médicos foram tolhida. O médico tem o dever de buscar salvar a vida do próximo ou diminuir a sua dor e ele foi tolhido disso por ocasião da covid que lamentavelmente matou mais de 600 mil pessoas. Nós fizemos a nossa parte quando foi possível e passou a ter a vacina quando teve no mercado. Em 2020 não tinha a vacina e compramos mais de 500 milhões de doses e tomou quem quis, não obrigamos ninguém a tomar a vacina”, afirmou.
Urnas eletrônicas
Um dos maiores críticos da veracidade das urnas eletrônicas, Bolsonaro afirmou durante a sua live que atualmente é crime falar das urnas eletrônicas e que se for parlamentar pode até perder o mandato citando o caso de um deputado do Paraná. “As nossas liberdades estão sendo tolhidas e temos que lutar contra isso. É uma luta do povo brasileiro discutir as questões. Discutindo você aperfeiçoa porque não existe nada perfeito e tudo pode ser melhorado.
Ações do governo
Em relação as ações do seu governo Bolsonaro afirmou que não foram divulgadas pela mídia citando a ampliação do prazo de cinco para dez anos da CNH, Fies em que segundo ele foram atendidos 1 milhão de pessoas que estavam endividados e queriam pagar. “O ressurgimento do marco ferroviário do Brasil, a BR do mar, Auxílio Brasil, água para o Nordeste e mesmo com a covid e a seca criamos quase 3 milhões de empregos, internet nas escolas e raras são as que não tem internet no Norte de Nordeste do Brasil. Combate a corrupção, porte de armas para o homem do campo, levamos a paz para o homem do campo e o nosso decreto do porte de armas que dizem que vai ser revogado foi o responsável pela redução de mortes no Brasil”, de acordo com ele.
Morte de Pelé
O presidente Bolsonaro lamentou a morte de Pelé ocorrida na quinta-feira, 29, aos 82 anos em um hospital em São Paulo. “Em meu primeiro contato tive contato com ele, tive o prazer de conversar alguns minutos com ele. Pessoa simples. mas que levou o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo. Hoje o mundo chora o passamentto de Pelé”, lamentou.
Apoiadores
Em relação aos seus apoiadores que há quase três meses estão lotando a frente dos quarteis no país, Bolsonaro afirmou que “não vamos achar que o mundo vai acabar no dai 1º”. O presidente disse ainda que ele também negou a ideia de “vamos para o tudo ou nada”, afirmou e logo depois pediu que seja feita oposição com “inteligência” ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que assume o governo do país no dia 1º de janeiro.
Augusto Costa, para O Poder
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